Casey Stoner (Repsol Honda) levou a cabo impressionante batalha com o companheiro de equipa Dani Pedrosa na primeira metade do GP do Qatar, primeira jornada do Campeonato do Mundo de MotoGP de 2011, mas assim que recuperou o primeiro posto isolou-se para conquistar 25 pontos na estreia com a Repsol Honda. Stoner terminou com 3,440s de margem sobre Jorge Lorenzo (Yamaha Factory Racing). Passaram oito anos desde a última vez que a Honda venceu a primeira corrida da época de MotoGP; Valentino Rossi foi o autor do feito em 2003, em Suzuka. Stoner conta com impressionante recorde de resultados no Circuito Internacional de Losail depois de ter ganho as provas de 2008 e 2009 e, após ter dominado os treinos, o australiano reclamou a 31ª vitória da carreira, a sua 24ª na categoria rainha. Antes do início da corrida os pilotos fizeram um minuto de silêncio em homenagem das vítimas do sismo do Japão. As 22 voltas da corrida foram levadas a cabo nas melhores condições climatéricas do fim-de-semana, com temperaturas relativamente elevadas e sem ventos fortes, o que proporcionou emocionantes lutas em todo o pelotão. Pedrosa assumiu a liderança no início e depois seguiu-se o Campeão do Mundo Lorenzo. Seguiu-se dura luta entre os dois espanhóis e Stoner, com a Repsol Honda a acabar por ficar em vantagem. Stoner e Pedrosa trocaram depois de posições na frente da corrida por várias vezes, mas o homem da pole aumentou o ritmo para se isolar e conquistar a vitória. Com Stoner sozinho na frente, as atenções centraram-se na luta pela segunda posição, com o piloto da Yamaha a reclamar os 20 pontos. Andrea Dovizioso e Marco Simoncelli também levaram a cabo intensa batalha pela quarta posição ao longo de toda a corrida e apesar de Simoncelli ter chegado a estar em vantagem, foi Dovizioso quem levou a melhor, terminando a 5,942s de Stoner. A muito esperada estreia competitiva de Valentino Rossi com a Ducati Team viu o italiano fazer uma partida canhão, mas a cair depois para sexto. O italiano manteve a posição durante boa parte da corrida, mas o forte ritmo de Ben Spies levou o italiano a terminar em sétimo, mas após grande despique. Colin Edwards (Monster Yamaha Tech 3) foi oitavo, com Nicky Hayden e Hiroshi Aoyama a completarem o Top 10. Cal Crutchlow logrou garantir o 11º posto na última volta, à frente de Héctor Barberá. O estreante da categoria rainha Karel Abraham foi o último piloto a ver a bandeira de xadrez para somar três pontos numa corrida em que apenas 13 pilotos terminaram. Toni Elías teve um regresso azarado ao MotoGP. Depois de rodar lento em 14º o espanhol sofreu estranha queda perto do final da corrida. Já para a Pramac Racing a corrida foi um pesadelo. Depois de aparatosa queda de Randy de Puniet ainda na primeira volta foi a vez do seu companheiro de equipa Loris Capirossi desistir depois de ter sido tocado pela moto do gaulês, esmagando-lhe a mão.
Nicolas Terol vence nas 125 e Miguel Oliveira alcança Top Ten
A Aprilia ganhou a corrida de 125cc no Qatar nos últimos cinco anos e Terol fez com que fossem seis temporadas consecutivas. O piloto da Bankia Aspar venceu a corrida aqui no Qatar em 2010 e repetiu o feito neste início de época de 2011, somando agora um total de seis triunfos na classe. Terol nunca teve rival à altura desde a partida e isolou-se na frente para triunfar com uma margem de 7,710s. A luta pelo pódio foi o único confronto mais emocionante com quatro pilotos a disputarem as posições, mas com Sandro Cortese a levar a cabo o seu 100º GP acabou mesmo por ser o piloto a reclamar o segundo posto no Qatar. As condições climatéricas estavam perfeitas para a corrida, sem vento e com temperaturas de 27ºC. A luta pela última posição do pódio foi renhida, mas foi o experiente Sérgio Gadea quem levou a melhor. O espanhol, que venceu na primeira corrida disputada no Qatar em 2008, bateu Efrén Vázquez e Jonas Folger no embate pelo terceiro posto, com os rivais a terminarem bem próximos. O gaulês Johann Zarco foi sexto, à frente de Alberto Moncayo e Luis Salom. As duas últimas posições dos dez primeiros ficaram a cargo de dois estreantes: Maverick Viñales e Miguel Oliveira (Team Andalucía Banca Cívica). O jovem português, o primeiro a tempo inteiro no Mundial, não logrou boa partida e chegou mesmo a perder uma posição antes da primeira curva, mas cruzou a meta pela primeira vez na mesma posição em que partiu, 12º. Duas voltas mais tarde Oliveira já rodava em 11º e nos momentos finais da corrida acabou por ver os problemas mecânicos de Héctor Faubel facilitarem-lhe a subida a décimo, isto depois do espanhol ter estado na luta pelo pódio. Faubel acabou por terminar em 11º. Adrián Martín sofreu queda na segunda volta depois de partir de 15º, mas logrou regressar à corrida. Hiroki Ono não teve a mesma sorte momentos mais tarde. O nipónico rodava em 13º quando foi ao chão e se viu forçado a abandonar.
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