Se a acção no primeiro dia desta edição do Vodafone Rally de Portugal foi emocionante, no dia seguinte chegou ao rubro. Uma série de problemas mecânicos na equipa da Ford possibilitou a Sebastien Ogier voltar a liderar com quase 40 segundos de vantagem sobre seu companheiro de equipa Sebastien Loeb. Por sua vez Jari-Matti Latvala mantém o terceiro lugar, enquanto Mathew Wilson subiu para a quarta posição à frente de Mikko Hirvonen. A chuva que caiu durante a noite anterior ao arranque desta etapa aumentou as esperanças de uma melhor aderência. Esta foi a estratégia da Ford, com Latvala a sair do Estádio do Algarve na liderança, sendo secundado pelo seu companheiro de equipa Hirvonen. No entanto, no momento em que as equipas chegaram à primeira classificativa do dia (Almodôvar), o piso já havia secado e verificou-se que ser o primeiro piloto na estrada não era o melhor lugar. Latvala rubricou o quarto tempo com Loeb a ser o mais rápido à frente de Ogier e Hirvonen. Petter Solberg assegurou a vitória no segundo troço (Vascão), mas os problemas de pneus que sentiu no dia anterior (furou três vezes) significava que estava longe da discussão pela liderança do rali. Ogier foi o segundo mais rápido, à frente de Latvala que manteve o primeiro lugar do Vodafone Rally de Portugal. No entanto, tudo se complicou para a Ford quando Mikko Hirvonen sofreu um furo e foi obrigado a parar para trocar o pneu. Arrancou cerca de 10 segundos à frente de Sebastien Loeb, queixando-se o francês no final do troço devido ao pó levantado pelo carro de Hirvonen. O actual campeão do mundo perdeu 30 segundos e caiu para terceiro, mas Hirvonen perdeu mais de dois minutos e caiu para quarto lugar, a dois minutos da liderança. A terceira classificativa (Loulé) mostrou ser a mais dura até agora disputada e todos os pilotos optaram por aliviar o ritmo de andamento para garantirem chegar ao final da secção no Estádio do Algarve com os carros em condições ideais. Nesta altura já Ogier tinha arrebatado a liderança a Latvala, em quase 7 segundos, com Loeb e Hirvonen já distantes na terceira e quarta posições, respectivamente. Na segunda sequência de passagens pelos mesmos troços, Ogier aumentou a vantagem ao vencer duas vezes, pertencendo a Petter Solberg a outra vitória. No entanto, mais uma vez foi nesta segunda ronda onde o drama da Ford continuou: problemas de suspensão no carro Latvala fê-lo perdeu ainda mais tempo, caindo para terceiro, atrás de Loeb. E as ocorrências foram de mal a pior para o finlandês na última classificativa do dia em que sofreu um furo lento, sendo forçado a parar e mudar a roda. Para piorar a situação da Ford, a suspensão traseira do Fiesta de Hirvonen também originou a sua paragem. Mas desta vez parou para permitir a passagem a Sebastien Loeb. Todos estes acontecimentos permitiram a Matthew Wilson, que havia lutado com Henning Solberg durante todo o dia, subir para o quarto lugar, uma posição à frente de Hirvonen, enquanto Henning ocupou no final da etapa o sexto lugar. Graças a um par de vitórias nos troços de hoje, Petter Solberg subiu para um impressionante nono lugar, atrás de Kimi Raikkonen e Federico Villagra. Mais uma vez, o ritmo entre os homens da frente foi grande o que levou a caírem vários recordes. Por exemplo, Sebastien Ogier (em Almodôvar) baixou o tempo em 40 segundos, relativamente ao ano passado ano, evidenciando bem as prestações da nova geração dos World Rally Cars.
Depois da excelente etapa realizada ontem, onde foi uma das grandes figuras do dia, Armindo Araújo foi hoje obrigado a interromper a sua prestação no Rali de Portugal, a partir do momento em que viu agravarem-se os problemas no motor do MINI que, desde as primeiras especiais da manhã, começou a preocupar o piloto português. Na décima segunda especial (Vascão 2), Armindo Araújo teve de dar por terminada a sua participação no rali que marcou a estreia oficial do piloto aos comandos do carro britânico. Visivelmente satisfeito com tudo o que foi possível fazer até esta altura, o bicampeão do Mundo do PWRC mostrava-se confiante em relação ao futuro, ainda que tenha ficado com alguma tristeza por não ter terminado «o seu rali». “Fizemos um inicio de prova muito acima das nossas expectativas e tiramos alguma conclusões importantes para o futuro. Ontem tudo correu de feição mas tínhamos consciência que a juventude do MINI poderia originar um desfecho destes. Antes da saída para as primeiras ronda das especiais de hoje, verificamos que o motor apresentava alguns problemas e por isso decidimos diminuir a sua potência para continuar em prova. Ao longo da manhã a situação foi-se agravando mas só mesmo na décima segunda especial percebemos que não poderíamos continuar. Foi pena termos terminado mais cedo a nossa caminhada pois estávamos a fazer um óptimo trabalho na adaptação e desenvolvimento do MINI”, começou por dizer o piloto de Santo Tirso. Em relação ao futuro, Armindo Araújo está bastante confiante. “Ficou visível que o MINI tem muito potencial e que poderemos lutar pelos lugares da frente mais cedo do que estaríamos à espera. Vamos testar o mais possível até ao Rali da Sardenha e com a versão WRC acho que estaremos ainda mais fortes”, concluiu o piloto. Daniel Oliveira continuou a aprender a condução do outro Mini e terminou o dia em 24 º lugar, após problemas de sobreaquecimento na parte da manhã. Ricardo Moura liderou entre os concorrentes ao Campeonato de Portugal de Ralis até ao momento em que a caixa de velocidades cedeu na última classificativa, negando-lhe uma justa vitória que acabou por pertencer a Pedro Meireles. Mas as honras locais foram confirmadas por Bruno Magalhães no Peugeot 207 S2000, que terminou a etapa apesar de um furo e uma falha de ignição do motor. No PWRC Hayden Paddon realizou uma etapa soberba, ampliando sua vantagem de um minuto no início para seis minutos no fim do dia, enquanto o seu grande rival Anders Gröndal teve uma saída de estrada e abandonou. Paddon lidera à frente de Benito Guerra e de Jukka Ketomaki. A ronda inaugural da Academy FIA chegou hoje ao fim. Uma nova disciplina (que veio substituir o Campeonato Júnior) integrada em algumas provas do WRC nos dois primeiros dias. Uma prova também vivida com muito drama e emoção. A manhã começou com uma fascinante batalha entre o então líder Craig Breen, em conjunto com Kaur Egon, Alastair Fisher e Victor Henrickson. No entanto, Breen saiu de estrada na última classificativa da manhã e não conseguiu voltar, entregando a liderança a Fisher, à frente de Henriksson e Kaur. Henriksson e Kaur trocaram de lugar no primeiro troço da tarde. Mas depois tudo mudou de novo com Fisher a sair na penúltima classificativa, batendo numa árvore. Conseguiu voltar à estrada mas a perda de tempo deixou-o cair para a quarta posição, subindo Kaur para a liderança. Ele manteve esta posição até ao final do rali, obtendo a vitória inaugural com apenas 16,4 segundos de vantagem sobre Henriksson. O terceiro e último dia do Rally de Portugal irá ser, certamente, um novo desafio entre os pilotos da Citroën e da Ford. Estão ainda por cumprir 105 quilómetros de troços cronometrados, incluindo a dupla passagem pelos 31 quilómetros da classificativa de Serra de Santana, a mais longa do rali. A primeira classificativa do dia começa às 08h 14m, depois de uma noite encurtada pelos relógios com a chegada da hora de Verão.
Depois da excelente etapa realizada ontem, onde foi uma das grandes figuras do dia, Armindo Araújo foi hoje obrigado a interromper a sua prestação no Rali de Portugal, a partir do momento em que viu agravarem-se os problemas no motor do MINI que, desde as primeiras especiais da manhã, começou a preocupar o piloto português. Na décima segunda especial (Vascão 2), Armindo Araújo teve de dar por terminada a sua participação no rali que marcou a estreia oficial do piloto aos comandos do carro britânico. Visivelmente satisfeito com tudo o que foi possível fazer até esta altura, o bicampeão do Mundo do PWRC mostrava-se confiante em relação ao futuro, ainda que tenha ficado com alguma tristeza por não ter terminado «o seu rali». “Fizemos um inicio de prova muito acima das nossas expectativas e tiramos alguma conclusões importantes para o futuro. Ontem tudo correu de feição mas tínhamos consciência que a juventude do MINI poderia originar um desfecho destes. Antes da saída para as primeiras ronda das especiais de hoje, verificamos que o motor apresentava alguns problemas e por isso decidimos diminuir a sua potência para continuar em prova. Ao longo da manhã a situação foi-se agravando mas só mesmo na décima segunda especial percebemos que não poderíamos continuar. Foi pena termos terminado mais cedo a nossa caminhada pois estávamos a fazer um óptimo trabalho na adaptação e desenvolvimento do MINI”, começou por dizer o piloto de Santo Tirso. Em relação ao futuro, Armindo Araújo está bastante confiante. “Ficou visível que o MINI tem muito potencial e que poderemos lutar pelos lugares da frente mais cedo do que estaríamos à espera. Vamos testar o mais possível até ao Rali da Sardenha e com a versão WRC acho que estaremos ainda mais fortes”, concluiu o piloto. Daniel Oliveira continuou a aprender a condução do outro Mini e terminou o dia em 24 º lugar, após problemas de sobreaquecimento na parte da manhã. Ricardo Moura liderou entre os concorrentes ao Campeonato de Portugal de Ralis até ao momento em que a caixa de velocidades cedeu na última classificativa, negando-lhe uma justa vitória que acabou por pertencer a Pedro Meireles. Mas as honras locais foram confirmadas por Bruno Magalhães no Peugeot 207 S2000, que terminou a etapa apesar de um furo e uma falha de ignição do motor. No PWRC Hayden Paddon realizou uma etapa soberba, ampliando sua vantagem de um minuto no início para seis minutos no fim do dia, enquanto o seu grande rival Anders Gröndal teve uma saída de estrada e abandonou. Paddon lidera à frente de Benito Guerra e de Jukka Ketomaki. A ronda inaugural da Academy FIA chegou hoje ao fim. Uma nova disciplina (que veio substituir o Campeonato Júnior) integrada em algumas provas do WRC nos dois primeiros dias. Uma prova também vivida com muito drama e emoção. A manhã começou com uma fascinante batalha entre o então líder Craig Breen, em conjunto com Kaur Egon, Alastair Fisher e Victor Henrickson. No entanto, Breen saiu de estrada na última classificativa da manhã e não conseguiu voltar, entregando a liderança a Fisher, à frente de Henriksson e Kaur. Henriksson e Kaur trocaram de lugar no primeiro troço da tarde. Mas depois tudo mudou de novo com Fisher a sair na penúltima classificativa, batendo numa árvore. Conseguiu voltar à estrada mas a perda de tempo deixou-o cair para a quarta posição, subindo Kaur para a liderança. Ele manteve esta posição até ao final do rali, obtendo a vitória inaugural com apenas 16,4 segundos de vantagem sobre Henriksson. O terceiro e último dia do Rally de Portugal irá ser, certamente, um novo desafio entre os pilotos da Citroën e da Ford. Estão ainda por cumprir 105 quilómetros de troços cronometrados, incluindo a dupla passagem pelos 31 quilómetros da classificativa de Serra de Santana, a mais longa do rali. A primeira classificativa do dia começa às 08h 14m, depois de uma noite encurtada pelos relógios com a chegada da hora de Verão.
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