Adversário coloca Álvaro Parente fora da 1ª corrida de Valência

Álvaro Parente teve uma passagem curta pela primeira corrida de GP2 do programa do Grande Prémio da Europa, realizada este sábado, após ter sido abalroado por um adversário logo na segunda curva de prova. Depois da qualificação de ontem, o jovem português arrancava para a corrida de hoje com legitimas esperanças de alcançar um bom resultado e de, sobretudo, prosseguir a sua adaptação ao seu novo carro e à Carlin GP2, cujas cores defenderá até ao final da temporada. Contudo, depois de um bom arranque, muito embora tenha tido uma abordagem conservadora para evitar qualquer toque, acabou por ver Fabio Leimer falhar clamorosamente a travagem para a Curva 2 do circuito citadino de Valência e, sem espaço para evitar choque, viu-se envolvido inocentemente num incidente que colocou um ponto final na sua prova. “Arranquei bem, mas não quis arriscar muito, uma vez que o meu colega de equipa estava ao meu lado e qualquer manobra mais arrojada poderia colocar-nos aos dois fora da corrida. No entanto, apesar de todos os meus cuidados, o Leimer exagerou e, como eu tinha um carro ao meu lado, não me pude desviar, apanhando com o carro dele. O abandono era inevitável, o que é pena, dado que penso que poderia realizar uma boa prova e, além disso, realizámos algumas modificações técnicas no carro ao nível da travagem e era importante verificar a sua validade durante a corrida”, afirmou o jovem da McLaren GT ao serviço da Carlin. Com o abandono logo na primeira volta, o restante fim-de-semana de Álvaro Parente ficou completamente condicionado, uma vez que irá arrancar para a prova de amanhã do vigésimo quinto posto da grelha de partida. Tendo em atenção as circunstâncias, o piloto do Porto irá bater-se por alcançar o melhor resultado possível, para além de tentar reunir a maior quantidade possível de dados de modo a poder continuar a sua adaptação à equipa e a evoluir o Dallara Renault da sua nova equipa. “Vai ser muito difícil alcançar uma posição relevante na prova de amanhã mas, como sempre, vou dar o meu melhor! Contudo, vai ser importante ver a bandeirada de xadrez, uma vez que este carro tem algumas afinações distintas daquelas a que estou habituado e, muito embora tenha uma boa base, pode ainda ser desenvolvido de modo a ficar mais competitivo nas próximas corridas. Para isso, é necessário completar quilómetros”, sublinhou o português. Romain Grosjean (Dams) venceu a primeira corrida do fim de semana da GP2 Series. O francês arrancou do terceiro posto da grelha de partida, mas beneficiou dos problemas dos pilotos da Addax para se guindar à liderança. Charles Pic, que arrancava da pole-position, teve problemas mecânicos logo no arranque, atrasando-se irremediavelmente, deixando Giedo van der Garde na liderança, que alinhara no segundo posto da grelha de partida.

Penalização retira destaque à Ocean

A Ocean Racing Technology esteve à beira de conquistar a pole para a segunda corrida da GP2 Series no Grande Prémio da Europa, já que Johnny Cecotto Jr. só não chegou ao 8º lugar devido a uma penalização. No circuito citadino de Valência Kevin Mirocha terminou no 12º lugar e Johnny Cecotto Jr alcançou o 14º posto na primeira corrida, depois de uma qualificação onde as circunstâncias atiraram os dois pilotos para as últimas linhas da grelha. De facto, na sexta-feira Cecotto acabou por fazer apenas uma volta rápida, enquanto Mirocha não só estava a aprender a pista como foi também prejudicado por uma bandeira vermelha. A equipa apostou tudo na corrida deste Sábado e a estratégia revelou-se a melhor. Os dois pilotos da Ocean foram dos últimos a fazer a paragem obrigatória nas boxes, já perto do meio da corrida. A decisão foi a melhor e deixou os dois monolugares em boas posições e com um ritmo muito competitivo. Kevin Mirocha fez uma corrida sempre ao ataque, num circuito citadino onde é muito complicado ultrapassar. O piloto alemão recuperou desde o 26º lugar o que mostra bem uma competitividade ao nível dos melhores: "Tem sido um fim-de-semana de muito trabalho. Na qualificação tive de aprender a pista e quando me preparava para atacar apareceu a bandeira vermelha. Depois, na corrida, tínhamos discos novos nos travões, pelo que as primeiras quatro voltas serviram para colocar o sistema em condições e só depois pude atacar a 100%. O carro esteve excelente e só assim foi possível recuperar lugares como aconteceu. Ainda cometi um ligeiro erro ao sair largo numa curva, mas no geral correu muito bem. Mais uma ou duas voltas e estaria no top 10, já que no final era o 2º mais rápido em pista. Quanto à corrida de Domingo é difícil fazer previsões. Vamos trabalhar um pouco a afinação e esperamos ter um carro tão performante como na primeira corrida," disse Mirocha. Johnny Cecotto também teve uma prestação muito positiva. O venezuelano poderia ter sido 7º ou 8º mas sofreu uma penalização de passagem pelas boxes por desrespeitar bandeiras amarelas. Na verdade, o piloto abrandou o ritmo, mas mesmo assim estava a melhorar os tempos por sectores, o que terá estado na base da decisão dos comissários. Sem esta penalização, o piloto acabaria entre os oito primeiros e, portanto, estaria na linha da frente para a segunda corrida. Depois da penalização Cecotto voltou ao ataque, o que lhe permitiu recuperar várias posições: "Foi uma pena as coisas terem resultado desta forma. A passagem pelas boxes comprometeu a minha corrida. Foi completamente inadvertido. Eu tinha acabado de trocar de pneus e por isso é que mesmo desacelerando na situação de bandeiras amarelas, estava a fazer os meus melhores tempos. É injusto, porque tinha sido 7º ou 8º e assim tinha a pole da segunda corrida. Agora vamos ver como correm as coisas no Domingo. Vai ser uma corrida muito rápida. A primeira volta exige muitos cuidados e depois é uma questão de imprimir o melhor ritmo," disse Checotto. A prova de amanhã terá o seu início às 9h35, hora de Lisboa, contando com transmissão em directo na Sport TV1.

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