Jorge Lorenzo roda em Mugello para segunda vitória de 2011

Stoner largou da 'pole' para cedo se isolar do resto do pelotão e tudo levava a crer que estava a caminho de mais um triunfo. Mas a nove voltas do final Lorenzo começou a reduzir a diferença de mais de dois segundos para o australiano para acabar por o apanhar e ultrapassar a seis voltas do final. O maiorquino, com este triunfo, logrou reduzir a diferença no Campeonato do Mundo para Casey Stoner para 19 pontos. “Foi umas vitórias mais saborosas em muito tempo. O triunfo em Jerez não foi ‘real’ porque estava a chover. Foi uma corrida dura por causa das condições quentes, sem água no ‘camel back’. Puxei forte e dei tudo do fundo do coração! Tentei ultrapassar o Andrea na descida, na chicane, e depois fiz o mesmo com o Casey porque pensei que seria a curva perfeita para o fazer. Agora tenho uma moto competitiva e espero continuar assim. Estou mais motivado e confiante com o futuro depois deste grande resultado. Creio que foi umas das corridas mais exigentes da minha carreira. Fez-me lembrar um pouco os tempos das 125cc, com muitas ultrapassagens. Fiz uma vez mais uma boa partida e agora quero voltar a ver a corrida na TV. Parabéns a toda a equipa, nunca desistiram. Sabia que hoje seria difícil, mas o ‘martillo’ está de volta!” Dovizioso foi também atrás de Stoner para o ultrapassar na última volta e garantir o segundo posto perante o seu público. O italiano continua em terceiro no Campeonato com 119 pontos, à frente de Valentino Rossi , com 91. Ben Spies lutou com Marco Simoncelli, da San Carlo Honda Gresini Team, pela quarta posição depois de ambos terem partido da primeira linha da grelha. Os dois pilotos fizeram várias travagens tardias para se ultrapassarem mutuamente até que o americano levou a melhor sobre o italiano na última volta. A luta pela sexta posição foi feita a seis, entre Rossi, Héctor Barberá Álvaro Bautista, Colin Edwards e Dani Pedrosa ao longo de toda a corrida, com Barberá na frente do grupo em animado despique com Rossi. Mas o italiano logrou isolar-se a 11 voltas do final para colocar a GP11.1 no sexto posto, à frente da Ducati de Barberá. Dani Pedrosa, que dominou o Grande Prémio de Itália do ano passado, foi oitavo depois de ter partido da mesma posição da grelha naquela que foi a prova de regresso após três de ausência. Atrás do espanhol ficou Edwards e Nicky Hayden, da Ducati Team, este último a sofrer pequena saída de pista no final da corrida para fechar depois a lista dos dez primeiros. Cal Crutchlow desistiu nas boxes com problemas no pneu frontal; esta foi a segunda vez consecutiva que o piloto se debateu com o mesmo tipo de problemas.

Nico Terol domina corrida de 125cc, Miguel Oliveira termina em oitavo
Nico Terol protagonizou grande regresso à competição depois de ter falhado Assen por lesão. O valenciano da Bankia Aspar impôs-se em grande duelo com Johann Zarco, terminando as 20 voltas de corrida com apenas 0,167s de margem sobre o gaulês. Ao conquistar a quinta vitória do ano neste Gran Prémio de Itália ampliou a margem na frente da classificação, somando agora 153 pontos. Zarco estreou-se a partir da pole e colou-se à roda do líder do Campeonato depois deste ter efectuado uma partida relâmpago desde a segunda linha da grelha. A dupla da frente não demorou a isolar-se dos demais, batendo, de forma alternada, o recorde da pista e antes de meio da prova contava já com sólida vantagem de oito segundos sobre o primeiro grupo de perseguidores formado pelos espanhóis Maverick Viñales, Efrén Vázquez, Héctor Faubel, Luis Salom e Sergio Gadea, e pelos alemães Sandro Cortese e Jonas Folger. A dez voltas do final o francês passou Terol e partir desse momento o espanhol adaptou a estratégia de perseguidor, rodando colado à roda de Zarco até à última volta. Na recta da meta o espanhol levou a melhor sobre o gaulês, garantindo assim o quinto triunfo do ano depois de Losail, Jerez, Estoril e Montmeló. Viñales impôs-se no duelo com Efrén Vázquez e alcançou o quarto pódio da época, um resultado que o leva ao terceiro posto da geral. A três voltas do final Joans Folger foi ao chão. O piloto ocupava a segunda posição da geral antes do início da corrida e acabou, assim, por descer ao quarto posto. Enquanto isso, o português Miguel Oliveira terminou a prova em oitavo, atrás de Héctor Faubel, Luis Salom e Sergio Gadea, e à frente de Alberto Moncayo e Jakub Kornfeil, que fechou a lista dos dez primeiros.

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