O alemão Sebastian Vettel somou hoje a sétima vitória do ano, ao vencer o Grande Prémio da Bélgica, 12.ª prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, onde a Red Bull-Renault conseguiu a segunda "dobradinha" da temporada. A tarefa não foi fácil, muito embora Vettel tenha ficado mais tranquilo após o abandono de Hamilton e já no final, verificado que Alonso não tinha ritmo para o pressionar, quando montado nos pneus mais duros disponíveis para a corrida. Numa corrida em que a estratégia da equipa na gestão do desgaste dos pneus foi fulcral, Vettel e a Red Bull conseguiram regressar aos triunfos. O jejum durava há dois meses, desde que o alemão tinha ganho o GP da Europa, em Valência. Nas três corridas disputadas em Julho – Grã-Bretanha, Alemanha e Hungria – registou-se uma vitória para a Ferrari (Fernando Alonso) e duas para a McLaren (Lewis Hamilton e Jenson Button). Mas o interlúdio chegou ao fim e a Red Bull voltou ao primeiro lugar do pódio. “Estou muito contente. Foi uma boa corrida para nós, apesar de não ter sido fácil com os pneus. Tinha muitas preocupações por causa dos danos aos pneus e assumimos muitos riscos. O meu ritmo era muito bom na corrida, eu estava confortável e sem forçar muito era capaz de acompanhar os pilotos da frente. O carro estava fantástico, fez tudo que eu mandei. Adoro estas curvas rápidas, principalmente se te sentes seguro no carro", sublinhou Vettel, que ampliou para 92 pontos a vantagem no Mundial de pilotos, quando restam sete provas para o fim do campeonato. Segundo lugar para o australiano, que depois dos problemas na partida, onde se viu passado por imensos adversários e caiu para oitavo, foi recuperando, até chegar a um merecidíssimo segundo lugar. Numa corrida de recuperações, Jenson Button, terceiro classificado, foi outro dos pilotos que se atrasou inicialmente (já tina partido de 13º) recuperando depois paulatinamente as posições. Um resultado que deixou o britânico satisfeito e com esperança no futuro: “O nosso carro está ao melhor nível e eu sinto-me melhor do que alguma vez senti na Fórmula 1. Só temos de parar com os pequenos erros para ganharmos mais corridas. Esperemos conseguir lutar pela vitória em Monza [no GP de Itália, dentro de duas semanas]”.
Pouco contente estava Fernando Alonso. O espanhol da Ferrari era segundo a seis voltas do fim, mas acabou por terminar em quarto. “Estava ao nosso alcance e era possível [ficar no pódio]”, lamentou. Foi passado nas últimas voltas por Mark Webber e Jenson Button, já que guardou para essa fase os pneus que menos se adequavam à pista. Atrás de Alonso classificou-se o alemão Michael Schumacher, que assinalou a passagem de 20 anos sobre a sua estreia na Fórmula 1, precisamente no circuito de Spa-Francorchamps. O alemão fez, muito provavelmente a melhor corrida desde que regressou à F1 no início de 2010. Foi pouco menos que perfeito na primeira volta, onde ganhou 'só' dez lugares. No final da corrida teve o prémio, pouco habitual este ano, de superar o seu jovem colega de equipa, Nico Rosberg. No sétimo posto, mas muito distante dos Mercedes, ficou Adrian Sutil que realizou uma boa prova, aproveitando os problemas de pneus de Felipe Massa, que se viu obrigado a realizar uma paragem nas boxes extra devido à delaminação de um dos pneumáticos dianteiros do seu Ferrari. No derradeiro lugar pontuável ficou Pastor Maldonado que, depois da sua penalização de ontem, realizou hoje uma excelente prestação, garantindo mais um ponto para o seu pecúlio e para o da Williams. Sebastian Vettel aumentou a vantagem no comando do Mundial de Pilotos, passando a somar 259 pontos, contra 167 de Webber e 157 do espanhol da Ferrari Fernando Alonso. No Mundial de Construtores, a Red Bull-Renault totaliza 426 pontos e a McLaren-Mercedes é segunda com 295.
Comentários
Enviar um comentário