Armindo Araújo infeliz no Rali de Espanha, Citroën campeã do mundo

Não terminou da melhor forma a estreia de Armindo Araújo e Miguel Ramalho no RACC Rali de Espanha. A dupla portuguesa abandonou a prova espanhola na primeira especial da derradeira etapa, após uma ligeira saída de estrada, que colocou o MINI JCW WRC numa posição que não permitiu voltar à acção. Um final de prova infeliz para os bicampeões de Mundo de Ralis Produção que se preparavam para continuar a recuperar posições na classificação geral. No regresso à zona de assistência, instalada em Salou, Armindo Araújo estava naturalmente triste com o sucedido. “Não era este o desfecho que esperávamos e não posso estar satisfeito com esta desistência. Cometi um erro na travagem para uma curva e o MINI saiu de traseira para uma vala e não foi possível voltar à estrada pelos próprios meios. Infelizmente não haviam espectadores por perto e não tivemos hipótese de ser ajudados”, começou por dizer o piloto de Santo Tirso. Numa fase do rali onde o objectivo era claramente procurar recuperar mais posições na classificação geral, Armindo Araújo sabia à partida que teria que imprimir um ritmo ainda mais rápido que o de ontem e que os riscos aumentariam necessariamente de nível. “Entrámos para o último dia com o objectivo de conseguirmos subir lugares e estávamos muito confiantes. Esta saída de estrada acabou por ser um grande revés mas eu assumo a total responsabilidade pelo sucedido. Pela segunda vez consecutiva não conseguimos terminar um rali e estamos desapontados com isso. O MINI no asfalto está notoriamente mais rápido e nesta fase teríamos de tentar tirar partido disso. Não capitalizamos isso em termos de resultados mas, este ano, isso não é o mais importante. Falta ainda disputar um rali e vamos já começar a preparar a última prova do ano para tentarmos acabar a época da melhor forma”, afirmou ainda o piloto. Armindo Araújo e Miguel Ramalho regressam à competição entre 10 e 13 de Novembro com a realização do Rali de Gales, a derradeira prova do calendário do Campeonato do Mundo de Ralis 2011.

Bernardo Sousa com final antecipado em Espanha

O Rali de Espanha deste ano não será uma das provas que Bernardo Sousa e Paulo Babo vão querer reter nas suas memórias, pois fica marcada pela desistência da dupla que tripulou o Ford Fiesta S2000, devido a problemas no propulsor do carro norte-americano. Depois de ultrapassado o problema do final da etapa de ontem com o alterna...dor que valeu uma penalização superior a 5 minutos para a equipa, hoje regressavam à competição para assegurar pontos no campeonato SWRC, mas após o final da décima classificativa do rali, a mecânica acabou por ceder colocando um ponto final definitivo nas intenções do Team Quinta do Lorde. Assim depende agora do resultado de terceiros a manutenção do quarto posto que a equipa ocupa no campeonato, sendo esta a última etapa do SWRC em 2011. O piloto mostrava-se visivelmente agastado com este novo percalço, afirmando que “pela nossa parte fizemos o que podíamos para obter um resultado diferente, mas os ralis são assim mesmo. Enquanto foi possível demos o nosso melhor e isso é que importa reter para o futuro. Estamos já a trabalhar para a época de 2012, é nisso que me vou concentrar desde já, e vou aproveitar que no próximo fim-de-semana temos o Rali de Valais em França para esquecer rapidamente esta prova em Espanha.”

Sébastien Loeb vence na Catalunha e fica mais perto do título

O francês Sébastien Loeb (Citroën DS3) conquistou neste domingo pela quinta vez consecutiva o Rali da Catalunha, a sua 67.ª vitória em provas do WRC, e ficou mais perto de conquistar o oitavo título mundial de ralis. Face ainda ao ponto extra conquistado pelo terceiro posto na “Super Especial”, Loeb isolou-se na frente, com mais oito pontos do que o finlandês Mikko Hirvonen (Ford Fiesta RS), que foi segundo, quando falta disputar apenas a última prova, no País de Gales de 10 a 13 de Novembro. O triunfo vale 25 pontos, o segundo lugar 18 e o terceiro 16, sendo que o pódio na Super Especial vale três, dois e um ponto, respectivamente. O francês Sébastien Ogier (Citroën DS3), que chegou à Catalunha a apenas três pontos de Loeb e Hirvonen, foi o grande perdedor da jornada, pois foi forçado a desistir quando seguia no quarto posto e perdeu, assim, todas as aspirações ao título. O desempenho de Sébastien Loeb permitiu, igualmente, a conquista do sétimo título mundial da Citroën, o quarto consecutivo. Hirvonen e Jari-Matti Latvala (Ford Fiesta RS) bem tentaram contrariar o favoritismo de Loeb, mas o gaulês, que assumiu a liderança desde o início, sexta-feira, geriu bem a vantagem no asfalto, o seu piso favorito, e com isso garantiu o quinto triunfo da época. O heptacampeão mundial terminou a prova com mais de dois minutos de avanço sobre Hirvonen, o seu principal rival no mundial de ralis, ajudado pelo companheiro Latvala, que penalizou na penúltima especial para permitir ao compatriota chegar ao segundo posto e em melhores condições de lutar pelo título na última prova.

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