Caixa de velocidades de Vettel 'dá' finalmente vitória a Mark Webber

O Mundial de Fórmula 1 de 2011 fechou como começou, com um triunfo da Red Bull. Não foi, porém, Sebastian Vettel a triunfar em Interlagos, no Grande Prémio do Brasil. Foi Mark Webber o mais rápido na 19.ª e última corrida da temporada. Webber completou as 71 voltas do circuito paulista em 01:32.17,464 horas, à média de 198,877 km/h, deixando o alemão Vettel a 16,9 segundos Não ganhava desde o GP da Hungria de 2010, este ano tinha estado em branco e arriscava-se a não vencer mesmo. Mas a caixa de velocidades do carro de Sebastian Vettel deu um desvio ao destino da temporada para Mark Webber. O australiano obteve a primeira vitória da temporada em Interlagos na última ronda do ano. "Algumas vezes o meu ritmo é definitivamente melhor. Hoje foi um óptimo Grande Prémio, o ritmo foi bom, sabia que poderia chegar bem", afirmou Webber após a corrida. Vettel foi obrigado ainda desde a primeira parte da corrida a ceder o comando ao companheiro e a partir daí manter-se na gestão. Mas obrigado a fazer passagens de caixa mais suave e não esforçando em demasiado no uso da 2ª velocidade, o bi-campeão do mundo acabou por terminar no 2º lugar na frente de Jenson Button que com o McLaren conseguiu superiorizar-se no duelo com Fernando Alonso na derradeira posição do pódio. Segundo Vettel, a equipa avisou-o do problema e alertou que não poderia esticar muito as velocidades na caixa e que deveria usar mais as relações mais altas. Os jornalistas questionaram-no na entrevista após a corrida se não houve jogo de equipa. "O problema parecia bem pior, tendo percebido desde muito cedo que na corrida precisaria de proteger a caixa para terminar a corrida. E disse à equipa para avisar o Mark que eu o deixaria passar, porque eu não sabia se ia conseguir terminar ou não", disse o alemão. "Continuei a perder tempo, e senti-me um pouco como o Senna em 1991. Eu estava sem a segunda velocidade, e nas rectas tinha que mudar de velocidade mais rápido, então não havia chance de me aproximar do Mark. No final vi que Jenson estava a aproximar-se e então arrisquei um pouco mais, andei um pouco mais forte", acrescentou. Inicialmente e depois duma magnífica ultrapassagem, o espanhol reservou para si a posição, mas no 'stint' final, Button recuperou e passou o homem do Ferrari, depois de várias tentativas, assegurando o lugar mais baixo do pódio, e também o vice-campeonato, posição que cedo se percebeu não ir perder. Lewis Hamilton nunca se mostrou capaz de se bater por um lugar no pódio, tendo protagonizado um intenso duelo com Felipe Massa – que tinha apostado numa estratégia de apenas duas paragens nas boxes – pelo quinto posto. Quando o inglês se aprestava para atacar o brasileiro, então já ambos com pneus médios, a caixa do seu McLaren cedeu de forma clamorosa, obrigando-o ao abandono e deixando o piloto da Ferrari descansado na quinta posição final. Destaque final para Adrian Sutil que numa corrida muito consistente, fez o 6º lugar numa espécie de mensagem clara à equipa, que ainda não anunciou qual dos pilotos que tem sairá. Sutil fechou a corrida na frente de Nico Rosberg,  Paul di Resta, Kamui Kobayahsi e Vitaly Petrov, todos nos pontos.

A posição de Kobayashi associado à presença para trás do Top10 dos pilotos da Toro Rosso permitiu manter a equipa Suíça a 7ª posição do campeonato e assim contrapartidas financeiras importantes para o próximo ano. Michael Schumacher viu a sua corrida condicionada logo nas primeiras voltas, dado que, ao tentar ultrapassar Bruno Senna por fora na travagem para o 'S' de Senna, o brasileiro embateu no pneu traseiro esquerdo do Mercedes, furando-o e danificando a sua asa dianteira. Depois de ter completado praticamente uma volta com um furo, caindo para o último lugar, o alemão recuperou até décimo quinto posto.

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