Mau tempo faz etapa acabar mais cedo, Mikko Hirvonen lidera

Foi caótico o segundo dia do Vodafone Rally de Portugal, que teve um final prematuro, em consequência das más condições atmosféricas e por razões de segurança. Vários pilotos saíram da estrada, que se apresentava muito escorregadia, para além de terem de lutar com a falta de visibilidade. As esperanças de Ott Tanak, Craig Breen, Hayden Paddon e Daniel Oliveira foram por água a abaixo por causa dessas condições. A quantidade de água na estrada forçou os organizadores a anularem a segunda parte da etapa, em nome da segurança. A primeira especial do dia deu o tom para o que ia acontecer. A chuva, que chegou a cair com intensidade, tornou as estradas muitíssimo escorregadias, com o nevoeiro a permitir uma visibilidade de 10 metros, o que impedia os pilotos de forçar o andamento. E o primeiro a ter problemas foi Jari-Matti Latvala, logo na classificativa de abertura, quando, a 1 300 metros do final da especial, saiu da estrada. Logo a seguir foi o seu companheiro de equipa, Petter Solberg, a fazer o mesmo, com os carros a ficarem pouco danificados, o que lhes vai permitir regressar à estrada amanhã. Para todos os outros pilotos foi mais importante terminarem a etapa, do que alcançarem bons tempos, o que era quase impossível de suceder face às difíceis condições que tinham de enfrentar. Nasser Al-Attiyah reconhecia como compreensível que tantos pilotos tivessem saído da estrada, enquanto Armindo Araújo explicava que as constantes alterações nas condições de aderência tornavam muito difícil a condução e impediam os pilotos de ter confiança. No entanto, na ligação entre a PC6 e a PC7, uma ribeira aumentou de intensidade, Yazeed Al Rajhi não conseguiu que o seu Fiesta S2000 saisse do local pelos seus próprios meios e só o fez com ajuda externa. Durante a passagem pelo Parque de Assistência, a organização decidiu anular o resto do dia, receando que numa situação de emergência não fosse possível socorrer os carros acidentados, para além da preocupação com a segurança dos espectadores. O mau tempo não perturbou toda a gente. Dani Sordo aproveitou o facto de ser o primeiro na estrada para ser o mais rápido nas três especiais do dia, apesar de, também ele, mostrar preocupação com as faltas de aderência e visibilidade, tendo admitido que a sua preocupação era terminar as especiais, acabando o dia em 13.º Outro beneficiado foi Mikko Hirvonen, que comanda a prova, que, depois do abandono dos dois Ford, teve a preocupação de terminar as classificativas, sem se preocupar demasiado com o tempo feito. No final da etapa, o piloto reconhecia que estas tinham sido as piores condições atmosféricas que tinha enfrentado. Hirvonen comanda com 36,3 de vantagem sobre Evgeny Novikov e 41,8 s. sobre Mads Ostberg.

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