Miguel Oliveira em Moto3 sai de Assen com 10º lugar, Stoner vence no MotoGP

Vindo da oitava posição da grelha, o jovem da Estrella Galicia 0,0 envolveu-se no grupo de cerca de 20 pilotos que liderava a corrida e por aí se manteve durante boa parte da prova enquanto tentava ganhar posições. Com o desenrolar da corrida as muitas lutas por posições, que se traduzem sempre numa certa redução de ritmo, e um motor que não lhe permitia igualar o andamento dos rivais na recta fizeram com que o jovem de Almada perdesse contacto com o grupo dos líderes. Sem perder a concentração, e mantendo a táctica que tinha delineado, Miguel Oliveira defendeu-se bem dos vários ataques para terminar a corrida na “Catedral” em décimo, garantindo o quarto resultado do ano no Top 10 e saltando para o 10º posto na classificação do Campeonato do Mundo de Moto3, com 39 pontos. “Foi uma corrida bastante complicada. Partimos da oitava posição da grelha e nas primeiras voltas foi mesmo difícil,” começou por afiançar Oliveira. “Os pilotos passavam por todos os lados, pelo que o objectivo era manter a posição. Ao cabo de algumas voltas formaram-se dois grupos, mas tive dificuldade em seguir com os da frente, principalmente nas rectas. De forma geral, o fim-de-semana foi positivo porque somámos mais um décimo lugar e adquirimos mais experiência, isto apesar de não ter uma das motos mais competitivas neste momento. Seja como for, tenho uma grande equipa e vamos continuar a trabalhar arduamente para andarmos na frente.” Naquela que foi uma das mais disputadas provas de Moto3 desta época, Maverick Viñales, da Blusens Avintia, levou de vencida a corrida em Assen à frente de Sandro Cortese e Danny Kent sob magníficas condições de sol.

Casey Stoner vitorioso em corrida acidentada de Assen


A corrida começou com muito drama, com Álvaro Bautista, da San Carlo Honda Gresini, a colocar Jorge Lorenzo, da Yamaha Factory Racing, fora da corrida na primeira curva, incidente que está a ser avaliado pela Direcção de Corrida. Após isto, a dupla da Repsol Honda Team, Dani Pedrosa e Stoner, ficaram na liderança da corrida, com o companheiro de equipa de Lorenzo, Bem Spies, na perseguição. "Conquistar a pole position e agora a vitória é mesmo incrível, um muito obrigado a toda a minha equipa que nunca desistiu. O meu plano era fazer uma partida melhor que o meu habitual, tirar alguma vantagem e usar a energia que tinha para tentar isolar-me e manter a posição até final. A algumas voltas do final sabia que não perderíamos muita prestação do pneu, ainda me sentia bem, pelo que decidi passar o Pedrosa e ver se conseguia isolar-me. Foi uma corrida dura, senti muita pressão no braço porque tive de compensar pelas minhas lesões provocadas pela queda de ontem, mas a minha forma física esta boa e a moto estava a funcionar bem de forma geral. Tenho pena pelo Jorge, ninguém quer tirar pontos a um rival desta forma, mas como podemos ver, uma corrida pode mudar tudo” referia o australiano no final da corrida. Ao cabo de duas voltas surgiu o desgosto para Stefan Bradl (LCR Honda MotoGP), que sofreu queda quando rodava em quarta e ficou, pela primeira esta temporada, sem terminar a corrida. Enquanto isso, Nicky Hayden (Ducati Team) fez uma incursão pela gravilha na última curva, mas logrou regressar à pista com a sua montada. Com as Honda a conseguirem pequena margem na frente, os acidentes continuaram no resto do pelotão, com Yonny Hérnandez (Avintia Bluses) a terminar a sua corrida na gravilha. A 19 voltas do final Andrea Dovizioso (Monster Yamaha Tech 3) passou Spies para assumir o terceiro posto naquela que foi uma animada luta entre ambos pela última posição do pódio. O companheiro de equipa de Dovi, Cal Crutchlow, que rodava em nono após ter evitado a confusão do início da corrida, debatia-se com dificuldades para passar as Ducati de Hayden e Valentino Rossi, bem Héctor Barberá, da Pramac Racing Team. Na mesma volta, Colin Edwards (NGM Mobile Forward Racing) desitiu com problemas mecânicos. Volvidas cinco passagens pela linha de meta Crutchlow conseguiu passar Barberá para ocupar o sétimo posto naquilo que era uma contenda pela quinta posição. Umas voltas mais tarde Crutchlow dava continuidade ao ataque, passando Rossi para rodar em sexto e ir atrás de Hayden, que também superou algumas voltas depois. Aleix Espargaró (Power Electronics Aspar) desistiu quando faltavam 11 voltas para o final, colocando ponto final nas suas esperanças de ser o melhor piloto CRT da jornada. Uma volta mais tarde Rossi entrou para as boxes com um bocado do pneu traseiro em falta; a formação tratou de trocar a borracha da moto do italiano, que voltou pouco depois à corrida. Enquanto isso, na frente Stoner passou Pedrosa, que parecia estar com algumas dificuldades. A seis voltas do final as duas Honda deram mostras de reduzir o ritmo, mas contavam já com sete segundos de margem sobre Spies, que rodava um segundo mais rápido. Mais atrás, Barberá evitou queda no meio da luta com Hayden pela sexta posição. Três voltas antes do final Dovizioso apanhou Spies uma vez mais e a dupla voltou a envolver-se em animado despique pelo mais baixo do pódio. O italiano atacou na Curva 1, na última volta, e não mais a perdeu. No final foi Stoner quem viu a bandeira de xadrez primeiro, igualando Lorenzo no topo da classificação, enquanto Pedrosa foi segundo e Dovi somou mais um pódio esta época. Atrás do trio terminaram Spies, Crutchlow, Hayden, e Barberá. Com o contingente das CRT a beneficiar de numerosas quedas, o companheiro de equipa de Espargaró, Randy de Puniet, terminou em oitavo, à frente de Michelo Pirro (San Carlo Honda Gresini) e de Mattia Pasini (Speed Master’s Mattia Pasini). Rossi terminou em 13º com escassos 0,002s de vantagem sobre James Ellison (Paul Bird Motorsport). Karel Abraham (Cardion AB Racing) não partiu para a corrida dado a sua lesão se ter revelado demasiado severa para alinhar na prova.

Comentários