Com toda a descontracção do mundo, Sebastian Vettel bateu toda a concorrência na qualificação para o Grande Prémio do Canadá e garantiu a segunda pole position da temporada. O piloto alemão foi dos últimos a sair da box para a pista durante a primeira fase de qualificação (Q1). Mas assim que o fez não perdeu tempo: registou o quarto melhor tempo na primeira volta que completou e, lançado, subiu à liderança da tabela de tempos com a segunda volta. E seria nesse lugar que terminaria a qualificação, como o único piloto a rodar em 1m13s. Mais: precisou de apenas 16 voltas para segurar a pole position, menos que toda a concorrência. Só os mais lentos, que foram eliminados logo na Q1, fizeram menos voltas ao circuito Gilles-Villeneuve. No final, Lewis Hamilton cumprimentou-o pela exibição com uma palmada nas costas. É como se Vettel quisesse exorcizar o fantasma do ano passado, em que saiu da pole position e liderava a corrida, apenas para ser ultrapassado por Jenson Button na última volta. "Temos tido um fim de semana fantástico. Ontem não tivemos problemas e penso que aprendemos bastante com algumas das últimas corridas em que fomos rápidos na corrida mas não conseguimos extrair tudo do carro no sábado. Confiamos no carro que temos e fiquei bastante satisfeito com este resultado e com o desempenho do carro em toda a qualificação. Pude ir sempre um pouco mais rápido. Pareceu-me renhido, para ser sincero, mas no final conseguimos ser um pouco mais competitivos. Mas amanhã são apenas oito metros de vantagem para o Lewis e estou ansioso pela corrida", referiu o piloto alemão, confessou Vettel. “No início as coisas estavam equilibradas, mas no final conseguimos fazer a diferença. Para já, está a ser um fim-de-semana excelente para nós”, acrescentou o piloto da Red Bull, dando conta da sua motivação para a corrida deste domingo. Lewis Hamilton fez o segundo melhor tempo da qualificação, seguido de perto por Fernando Alonso. O britânico — que tinha sido o mais rápido na primeira e segunda sessões de treinos livres — debateu-se com algumas dificuldades relacionadas com a temperatura dos pneus: “Foi muito difícil. Estamos contentes com o nosso comportamento e não deixa de ser uma surpresa estarmos na primeira linha da grelha de partida. Mas isso deixa-nos muito satisfeitos.” Já a Ferrari continua no trajecto ascendente e Fernando Alonso foi o terceiro mais rápido. “O carro esteve bem. É um primeiro passo. Obviamente que o mundo não parará de girar e que as outras equipas vão continuar a trabalhar, mas neste momento estamos extremamente satisfeitos. Estou muito agradecido a toda a gente da equipa”, frisou o piloto espanhol, líder do Mundial de pilotos com três pontos de vantagem sobre Vettel. Os Mercedes, que prometiam lutar pelas posições de topo, em especial atendendo à maior velocidade de ponta dos seus monolugares, teve como melhor representante Nico Rosberg, na quinta posição, a 0,627s. Felipe Massa, no segundo Ferrari, vai partir da sexta posição, com o brasileiro a não perder muito tempo para o australiano. Romain Grosjean (Lotus) foi o sétimo melhor, na frente de Paul di Resta (Force India) e de Michael Schumacher (Mercedes), que acabou por abortar a sua última tentativa depois de ser 'atrapalhado' por um outro piloto. A fechar o top 10 ficou Jenson Button. A braços com problemas de equilíbrio de travagem do seu McLaren (em especial no gancho), o piloto britânico optou por utilizar apenas pneus macios, esperando-se para amanhã uma estratégia distinta da dos seus adversários.
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