Jorge Lorenzo dilata vantagem no campeonato com vitória em Mugello

Dani Pedrosa, da Repsol Honda Team, liderou à chegada da primeira curva, mas Jorge Lorenzo (Yamaha Factory Racing) passou para a frente pouco depois. Andrea Dovizioso (Monster Yamaha Tech 3) também passou Pedrosa nos momentos iniciais, enquanto Nicky Hayden (Ducati Team) e Stefan Bradl (LCR Honda MotoGP) lutavam pelo quarto posto. Stoner (Repsol Honda), o único a usar o pneu traseiro duro de construção especial, não logrou boa partida e teve de lutar para passar Héctor Barberá (Pramac Racing Team). Enquanto isso, Michele Pirro (San Carlo Honda Gresini) viu a bandeira preta por ter cortado caminho ao rumar às boxes com problema técnico. A 21 voltas do final Iván Silva (Avintia Blusens) foi à gravilha na Curva 1, mas voltou à corrida. Duas voltas depois, Pedrosa estava totalmente em cima de Dovizioso, com Lorenzo a começar a isolar-se na frente. Valentino Rossi (Ducati) chegava a sétimo para deleite do público da casa, enquanto Hayden perdia contacto com Bradll para cair para quinto. Mas Rossi não estava a ter vida fácil, com Cal Crutchlow (Tech 3) à procura de forma de o passar. Mais atrás parecia que o companheiro de equipa de Lorenzo, Ben Spies, tinha problemas, sendo passado por Randy de Puniet (Power Electronics Aspar) para 11º. A 15 voltas do final os pneus de Stoner chegaram à temperatura, com o australiano a conseguir passar Hayden para chegar a quinto. Um volta mais tarde Bradl efectuou corajosa manobra na Curva 1 para chegar a terceiro. Logo depois disto o grande drama, com Stoner a sair de pista; o australiano foi à gravilha, mas consegui regressar à corrida em décimo. Enquanto isso, o companheiro de equipa de Silva, Yonny Hérnandez, sofria queda quando rodava em 18º, mas saiu ileso. Colin Edwards (NGM Mobile Forward Racing) também via a corrida ficar mais curta ao desistir com problema mecânico. A oito voltas do final o resto da grelha estava já muito separada, se bem que Crutchlow ainda estava em luta com Rossi, passando-o por breves instantes, mas o italiano não tardou a recuperar o sexto posto na recta da meta. Uma volta depois Stoner tinha apanhado Álvaro Bautista (San Carlo), que dificultou a vida ao australiano. Ainda assim, Stoner logrou passar após manobra mais agressiva, o que fez o espanhol alargar a trajectória. As últimas três voltas foram muito emocionantes, com Dovizioso a passar Bradl na travagem para chegar a terceiro, enquanto Hayden e o a dupla perseguidora composta por Rossi e Crutchlow se aproximavam da luta pelo pódio. Stoner recuperava mais uma posição, passando Barberá para oitavo. Na última volta Hayden passou Bradl, que respondeu com manobra dura obrigando o americano a alargar a trajectória. Isto deixou espaço para Rossi passar para quinto, com Crutchlow também a tirar partido e a ascender a sexto. Mas no final foi Lorenzo quem viu a bandeira de xadrez primeiro para conquistar a segunda vitória consecutiva na pista, à frente de Dani Pedrosa e Andrea Dovizioso, que garantiu o quarto pódio da época. “Desde o início que me senti muito bem nesta pista, o asfalto é completamente diferente do de Sachsenring, que foi um pesadelo para nós. Desde o primeiro treino aqui que me senti muito forte, muito bem com a moto e com um ritmo rápido e constante. Foi uma pena termos tido aquele problema na última volta da qualificação, mas o importante foi a corrida. Hoje rodei muito forte para conseguir uma vantagem no início da corrida porque pensei que os meus rivais pudessem ter problemas com os pneus frios. Infelizmente, não o consegui fazer de imediato. Só rodando muito forte, primeiro no segundo 48 e depois no 47, é que consegui isolar-me um pouco do Pedrosa e de forma gradual fui melhorando, foi aí que comecei a respirar. Foi uma grande vitória por todo o esforço da equipa e para a Yamaha, que me deu uma moto fantástica.” Mas Bradl foi um dos pilotos mais felizes ao garantir o melhor resultado da categoria rainha com o quarto lugar. Rossi foi quinto, seguido de Crutchlow, Hayden, Stoner, Barberá e Bautista. A melhor CRT foi a de De Puniet, em 12º. Lorenzo conta agora com 19 pontos de vantagem sobre Pedrosa na frente do Campeonato e mais 37 que Stoner.

Viñales vence corrida muito disputada no Moto3, Miguel Oliveira desiste

Zulfahmi Khairuddin, da AirAsia-SIC-Ajo, foi quem partiu melhor assumindo a liderança nos emocionantes momentos iniciais com Efrén Vázquez (JHK Laglisse), Alex Rins (Estrella Galicia 0,0) e Viñales logo atrás. Enquanto isso, Louis Rossi (Racing Team Germany) protagonizava o primeiro momento de drama ao sofrer queda na segunda volta e quase levando Danny Kent (Red Bull KTM Ajo) consigo. Fenati (Team Italia FMI) começou a reclamar posições no pelotão ao cabo de três voltas, assumindo a liderança à frente de Sandro Cortese (Red Bull KTM). Enquanto a corrida continuava a oferecer grandes emoções ao público, mais atrás no grupo Alberto Moncayo (Mapfre Aspar Team Moto3) e Luis Salom (RW Racing GP) sofreram queda que colocou ponto final às suas aspirações. A 15 voltas do final Rins, Cortese e Vázquez usaram o cone de ar na recta da meta para chegarem à liderança, enquanto o companheiro de equipa de Cortese, Arthur Sissis, desistia com problemas mecânicos. A Curva 1, no final da recta da meta, revelou-se o local de eleição para as ultrapassagens após o cone de ar, já que uma volta mais tarde a liderança voltou a mudar com Viñales a ir para a frente. Na mesma volta, o companheiro de equipa de Rins, Miguel Oliveira sofreu queda quando seguia no grupo da frente. O jovem português ainda reatou a corrida, mas viu-se depois obrigado a desistir. Jonas Folger (IodaRacing Project) voltou a ser tocado pelo azar ao ter de desistir com problemas na sua montada na 13ª volta. Duas voltas mais tarde Niccolò Antonelli (San Carlo Gresini Moto3) atacou a frente da corrida, liderando em conjunto com Fenati. Na mesma volta Jasper Iwema (Moto FGR) foi para as boxes com problema mecânico, terminando a sua prova mais cedo. Entretanto, na frente formava-se um grupo de sete pilotos a nove voltas do final, todos eles a trocarem de posições com frequência na quente luta pelas posições do pódio, enquanto Khairuddin liderava o grupo que lutava pelo oitavo posto. Uma volta volvida Viñales chegou à primeira posição e tentou isolar-se com Cortese e Rins a darem tudo para se manterem com ele. Contudo, Fenati impôs-se e juntou-se a Viñales e Cortese na frente. A quatro voltas do final Fenati passou para segundo para começar a atacar Viñales, com Cortese a seguir logo atrás. O trio manteve-se junto, não se tocando por pouco à entrada para a última volta, altura em que Cortese tentou destacar-se na Curva 1. Contudo, isto levou Fenati à primeira posição, com Viñales a responder de imediato. Cortese passou depois para segundo, acabando os três por entrarem na última recta quase lado a lado. No final foi Viñales quem venceu sobre a linha de meta por meros dois centésimos de segundo, com Fenati e Cortese a completarem o pódio. O alemão continua na frente do Campeonato, mas Viñales reduziu agora a diferença para nove pontos. O trio vencedor foi seguido por Antonelli, Kent, Vázquez, Rins, Jakub Kornfeil (Redox-Ongetta-Centro Seta), Khairuddin e Héctor Faubel (Mapfre).

Comentários