Rafael Lobato faz o balanço de 2012 no Offroad

Terminada que está mais uma época, Rafael Lobato, o piloto de Vila Real que aos 14 anos se sagrou Campeão de Portugal de Offroad 2012, faz um balanço do ano que passou e desvenda os planos para a época de 2013. Relativamente ao Campeonato de 2012, o piloto refere: “Foi mais um ano excelente em que cumpri os objectivos a que me propus antes do seu início, ou seja, voltar a vencer o Campeonato de Portugal na Divisão 6, destinada a pilotos entre os 13 e os 15 anos de idade e proporcionar o maior retorno a todos que me apoiaram. Foi uma época ainda mais difícil do que a de 2011, mas isso já era de esperar. Os meus adversários evoluíram muito, tanto a nível de condução como na preparação das suas viaturas. Por outro lado, só consegui reunir o orçamento necessário já no final de Janeiro, ou seja, a cerca de 2 meses da primeira prova. Como decidimos apostar num carro novo e que foi desenvolvido de raíz pela equipa Drivetech, chegamos à primeira prova com o carro apenas com uma preparação básica. O carro foi sendo desenvolvido ao longo da época e foram aparecendo alguns problemas de juventude, que deram muito trabalho a toda a equipa, mas no final também muita satisfação por ter sido um projecto “caseiro” delineado pelo Olavo Ribeiro, com a ajuda do Paulo Monteiro e do José da Luz, que tiveram que pesquisar e muitas vezes desenvolver material de competição para este carro, que não existia no mercado, assim como as melhores soluções em termos de afinação do chassis.” Como pontos altos do ano, o piloto salienta: “Naturalmente que a conquista do título foi muito importante, mas houve momentos durante o ano de que não me vou esquecer como a prova de Mação em que andei em constantes trocas de posição com vários adversários, tal como em Chorente e Montalegre. A prova de Sever do Vouga também foi marcante pois ganhei todas as corridas e finalmente pudemos demonstrar todo o potencial que o Corolla tinha. Também tenho que referir o excelente ambiente com os meus colegas de volante, mesmo de outras Divisões e, em especial, com o meu colega de equipa e de escola Pedro Alves.” Como pontos baixos, “… tenho que dizer que terão sido os problemas que tivemos com o carro, mas que agora, à distância, vejo que me fizeram evoluir como pessoa e ver que nem sempre tudo corre como previsto, e ver como o empenho da minha equipa permitiu superá-los. É claro que também tivemos a sorte do nosso lado nalgumas situações, mas isso também faz parte do jogo…” Quanto aos planos para o futuro, o piloto dá conta das suas preocupações: “Mais uma vez, chego a Dezembro e ainda não tenho assegurados os apoios necessários para 2013. A ideia passa por disputar a Divisão 2 (carros até 2.000cc e duas rodas motrizes), onde iria encontrar pilotos mais velhos e experientes,mas claro que o meu sonho era chegar a disputar o Europeu. Também gostava muito de conduzir GT´s ou Turismos, sonhar não custa…” E adianta: “Por outro lado, ainda não foram publicadas as regulamentações para 2013 e nem sabemos quantas provas vamos ter, ao certo. Desta maneira fica ainda mais difícil fazer um orçamento dos valores necessários para disputar o Campeonato de 2013 e poder apresentar propostas concretas aos patrocinadores” Num derradeiro esforço, Rafael refere que “esta semana e na próxima, eu e o meu pai vamos ter importantes reuniões com potenciais patrocinadores e vou ser entrevistado no Porto Canal, já esta sexta-feira, a partir das 19 horas. Espero que estes sejam os impulsos necessários e suficientes para me manter ativo em 2013, pois os apoios obtidos em 2012 não chegam para abraçar o desafio de 2013. Se isto não resultar só me resta desistir deste meu sonho e suspender a carreira, dedicando-me por completo às corridas nos simuladores automóveis, onde, de resto, tenho tido bastante sucesso também. Queria desde já agradecer o apoio que sempre recebi de familiares e amigos, assim como de muitos fãs e das empresas que acreditaram em mim ao longo destes seis anos que já levo de corridas nos karts e nos automóveis

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