Jorge Lorenzo completa 'hat-trick' de vitórias em Mugello

Jorge Lorenzo venceu o Grande Prémio de Itália TIM pela terceira vez consecutiva ao bater o líder do Campeonato do Mundo de MotoGP Dani Pedrosa e o britânico Cal Crutchlow. Registaram-se as quedas do herói da casa Valentino Rossi e do estreante Marc Márquez, que assim colocou ponto final na sequência de pódios. No sábado, Pedrosa, da Repsol Honda Team, 'reclamou' a primeira pole da época depois de ter ganho os dois últimos Grandes Prémios em Jerez e Le Mans e de ter batido Lorenzo, da Yamaha Factory Racing e Andrea Dovizioso, da Ducati Team, no que toca à grelha. Numa tarde de domingo de sol, Pedrosa fez forte partida para manter a liderança, mas alargou a trajectória e foi passado por Lorenzo, com o Campeão do Mundo a ir por dentro à saída da Curva 1. Pedrosa manteve-se com o compatriota até meio da corrida, altura em que pequenos erros em duas voltas consecutivas permitiram a Márquez iniciar o ataque ao companheiro de equipa enquanto Lorenzo se isolava na frente. A terceira vitória consecutiva de Jorge Lorenzo em Mugello representou o segundo triunfo da temporada para o Campeão do Mundo e levou-o ao segundo posto da tabela de pontos. O piloto da Yamaha Factory Racing partiu da segunda posição da grelha, mas tirou partido imediato de um erro por parte do homem da pole, Dani Pedrosa (Repsol Honda Team), que alargou a trajectória na Curva 1. “Sabia que ia ser uma corrida muito dura porque estava muito mais quente que de manhã,” disse Lorenzo após a prova. “De manhã estivemos muito rápidos; também o fomos durante a tarde, mas não da mesma forma – três, ou quatro décimos mais lentosO Dani seguiu-me durante umas 13 voltas, mas à 13ª puxei um pouco mais – para ser cerca de três décimos mais rápido – e parece que ele desistiu um pouco, pelo que a partir daí foi muito mais fácil.” A tarde de Pedrosa foi mista. Perdeu a liderança no início e manteve Márquez atrás de si até o piloto de 20 anos usar de bravura para ir por dentro na curva Savelli à 19ª volta. Mas o árduo trabalho de Márquez acabou por se perder exactamente no mesmo local e volvidas duas voltas; o espanhol cometeu um erro não forçado e sofreu a quarta queda do fim-de-semana, o que o impediu de se tornar no primeiro estreante da história do MotoGP a reclamar cinco pódios consecutivos no início da carreira na categoria rainha.  O azar de Márquez deixou Pedrosa em segundo, com Cal Crutchlow, da Monster Yamaha Tech 3, a subir ao pódio pela segunda vez consecutiva, tornando-se no primeiro britânico a fazê-lo desde 1987. Stefan Bradl (LCR Honda MotoGP) garantiu maduro quarto posto, igualando o melhor resultado da carreira, curiosamente, obtido no ano passado na mesma corrida. A Ducati Team colocou os seus pilotos nos quinto e sétimo postos, com Dovizioso a acabar por levar a melhor sobre Nicky Hayden, enquanto Michelle Pirro, que voltou a rodar com a GP13 Lab, ficou logo atrás dos dois. Aleix Espargaró levou a máquina da Power Electronics Aspar CRT ao melhor resultado do ano ao terminar em oitavo, com Bradley Smith (Tech 3) a ser nono apesar das fortes dores com que rodou devido às lesões contraídas no pulso e dedo, enquanto Hector Barberá (Avintia Blusens) completou o Top 10. Contudo, o maior drama da corrida foi a desistência de Valentino Rossi (Yamaha Factory Racing) ao cabo de apenas três curvas; o sete vezes vencedor de Mugello envolveu-se numa colisão com Álvaro Bautista (GO&FUN Gresini Honda), com ambos a ficarem fora de prova na curva Poggio Seco. Após o evento a Direcção de Corrida reuniu-se e considerou o que se passou como "incidente de corrida." A segunda vitória da época por parte de Lorenzo levou-o a subir à segunda posição na tabela de Pilotos, a 12 pontos de Pedrosa e com Márquez agora em terceiro e a 26 pontos da liderança. A acção continua dentro de duas semanas com o Grande Prémio da Catalunha, em Barcelona.

Miguel Oliveira conquistou o melhor resultado da época ao terminar em quarto

O português Miguel Oliveira (Mahindra) foi quarto classificado na corrida de Moto3 do Grande Prémio de Itália, quinta prova do Mundial de motociclismo, ganha pelo espanhol Luis Salom (KTM). Miguel Oliveira, que arrancou para a corrida no sexto lugar da grelha de partida, ainda ganhou mais dois postos e fechou a prova no quarto posto, “colado” aos três primeiros, que discutiram ao milímetro a vitória. O mais forte foi Salom, que cumpriu as 20 voltas ao circuito em 39m53,827s, superando em 99 milésimos de segundo o seu compatriota Alex Rins (KTM) e em 303 milésimos o líder do campeonato, o também espanhol Maverick Viñales (KTM). Atrás da autêntica “armada” espanhola ficou Miguel Oliveira, que cortou a meta com mais 0,757s do que Salom, resultado que permite ao piloto português ascender do 10.º ao sétimo lugar do campeonato, a 73 pontos do líder Viñales, que viu o seu avanço no campeonato ser reduzido para Salom para apenas quatro pontos.

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