Opel Monza Concept dá-se a mostrar no Salão de Frankfurt

O inovador Opel Monza Concept vai ser revelado mundialmente na próxima edição do Salão de Frankfurt (IAA), no dia 12 de Setembro. Este estudo visionário mostra algumas pistas do que a marca sediada em Rüsselsheim está a preparar para o futuro. Eficiência e conectividade são temas grandes na lista de prioridades para o desenvolvimento da próxima geração de modelos da Opel. Estes valores intrínsecos estão também expressos de forma clara na evolução operada ao nível da filosofia de ‘design’ “Arte escultural e precisão alemã”, surgindo agora linhas que colocam mais ênfase na elegância em vez da aparência musculada. «O Opel Monza Concept é a nossa visão sobre o futuro da Opel na mais pura forma», explica o CEO da Opel, Karl-Thomas Neumann. «Representa igualmente uma continuidade na tradição da Opel de mostrar ‘concept cars’ inovadores no Salão de Frankfurt. Na verdade, a Opel foi o primeiro fabricante europeu a construir um estudo de ‘design’ e a apresentá-lo ao público no IAA de 1965.» Entre os fabricantes de automóveis europeus, a Opel é o que tem tradição mais longa na apresentação no Salão de Frankfurt de protótipos dotados de ideias inovadoras e futuristas. A marca não teve um novo ‘concept car’ em cada edição, mas muitos dos que revelou constituíram marcos importantes e montras de novas tendências. Num rápido regresso ao futuro, a poucas semanas de mais uma edição do importante Salão de Frankfurt, passamos a memória nos estudos mais relevantes que a Opel levou ao palco daquele certame nas últimas cinco décadas. O primeiro ‘concept car’ da História do automóvel tem assinatura da General Motors, o grupo que detém a Opel. Em 1938, o gabinete de Design da GM criou o Buick “Y-Job”, um automóvel que não ia entrar em produção mas que se destinava a mostrar novas ideias de tecnologias e de ‘design’. Nos anos seguintes, na Europa, só as empresas especialistas em carroçarias é que se iam aventurando a construir e a apresentar formatos mais futuristas. Em 1965, a Opel tornou-se no primeiro fabricante europeu a demonstrar a sua criatividade com um ‘concept car’ totalmente concebido nas suas instalações de ‘design’. De nome “Experimental GT”, este protótipo concentrou todas as atenções no Salão de Frankfurt desse ano, por representar um ‘dream car’ acessível. Três anos mais tarde o conceito tomou forma real dando origem ao famoso Opel GT. A Opel foi mais longe quando apresentou o “CD” no IAA de 1969, um Grande Turismo assente em mecânica do Opel Diplomat. Este conceito foi mais desenvolvido e chegou a ser produzido em pequeno volume. Os protótipos que a Opel trouxe à luz de Frankfurt na década de 1960 constituíram tal sucesso junto da Comunicação Social e do público que todas as outras marcas europeias começaram também a apresentar automóveis de conceito. Na sua primeira fase de ‘concept cars’, a Opel colocou o foco em ‘coupés’ elegantes e emocionantes. Mas a primeira crise do petróleo em 1973 levou o fabricante a centrar atenções noutros temas como o consumo de combustível, a aerodinâmica e a eficiência em geral, incluindo a segurança e o habitáculo. Isso ficou claro em 1975 com a revelação do “Opel GT2”, que cativou graças às linhas futuristas e às portas de correr. O habitáculo também estava bem à frente do seu tempo, com bancos individuais construídos à base de plástico e espuma. O tabliê era formado por módulos intercambiáveis, com ecrãs digitais, onde até existia um computador de bordo. O “TECH 1” foi um veículo de pesquisa que representou novo passo em frente, tendo conquistado todas as atenções no IAA de 1981. Com uma secção dianteira e uma silhueta que serviu de inspiração para a primeira geração Omega lançada cinco anos mais tarde, este protótipo fixou um novo padrão em matéria de aerodinâmica, com um coeficiente de 0.235. O habitáculo revolucionava com instrumentos digitais e comandos electrónicos que controlavam todas as funções do automóvel à excepção dos travões, do acelerador e da embraiagem. No início dos anos 1980, especialistas em mercado, desenhadores e engenheiros concentraram esforços em modelos utilitários capazes de facultar a novos utilizadores – especialmente jovens, senhoras e habitantes das grandes cidades – acesso à mobilidade individual. Na edição de 1983 do IAA, a Opel revelou o protótipo “Junior”. Tinha 3,41 metros de comprimento, o que significava menos 21 centímetros que a primeira geração Corsa lançada no ano anterior. O Opel Junior pode ser considerado o precursor do actual citadino ‘chique’ ADAM. Oferecia, já nessa época, possibilidade de personalização ao nível de instrumentos e incluía um sistema de navegação completamente visionário. O reflexo chegou aos nossos dias, já que o ADAM é o carro de cidade com maiores capacidades de conectividade. À medida que começam a surgir normas de emissões cada vez mais apertadas (como a Euro 4, para 2005), as áreas de Engenharia Avançada e de Design da Opel mostraram a interpretação da marca sobre um modelo compacto mais ‘amigo do ambiente’. O “G90” foi revelado no Salão de Frankfurt de 1999, pesando apenas 750 kg. Graças a um novo conceito de construção de baixo peso, a um motor de três cilindros de nova geração e a um coeficiente aerodinâmico de 0.22, este ‘concept car’ reivindicava emissões de apenas 90 g/km. Em 2001 a Opel desafiou as convenções dos modelos utilitários ao mostrar o estudo “Frogster”. Em vez do tejadilho convencional, este automóvel tinha uma cortina comandada electricamente. O conceito modular assentava também em quatro bancos individuais rebatíveis. Com estas características, e graças a comandos simples, os utilizadores poderiam transformar o Frogster num ‘roadster’ para dois, num descapotável para quatro ou numa ‘pick-up’ utilitária. Na edição seguinte do IAA, dois anos mais tarde, a Opel apresentou um conceito completamente novo com o “Insignia Concept”. O vistoso estudo deu mais do que o nome à nova geração do topo de gama lançada em 2008. A linguagem de ‘design’ aqui estreada – um pouco à semelhança do Monza Concept – viria a ter evidentes reflexos nos modelos de produção em série que a Opel conceberia nos anos seguintes. O protótipo Insignia destacava-se pelo ‘design’ elegante, pelos faróis de tecnologia LED e pelas portas traseiras com abertura com mecanismo pantógrafo. Numa busca constante de soluções de motorização cada vez mais eficientes e amigas do ambiente, os ‘concept cars’ mais recentes da Opel têm estado centrados na temática da mobilidade elétrica. O “Flextreme Concept’ foi o estudo revelado pela Opel no IAA de 2007, imediatamente referenciado como um marco no desenvolvimento da propulsão a electricidade, graças à inovadora arquitectura E-Flex. O conceito estava baseado em deslocações pendulares efectuadas sem emissões, com recurso a uma bateria de iões de lítio que garantia 55 km de autonomia. Esgotada a carga, a produção de electricidade a bordo passava para o extensor de autonomia, constituído por um pequeno motor Diesel, permitindo ao automóvel percorrer centenas de quilómetros sem parar. O Flextreme Concept previa emissões de 40 g/km, ou inferiores, e um consumo de combustível de 1,54 l/100 km (de acordo com a norma europeia ECE R101 para veículos com extensor de autonomia). O desenho da secção dianteira inspirou o Opel Ampera, lançado em 2011 e eleito Carro do Ano Europeu 2012 graças à semelhante tecnologia de funcionamento. No percurso dos protótipos da Opel apresentados no Salão de Frankfurt, a etapa mais recente é preenchida pelo “RAK-e”, revelado em 2011. O inovador veículo experimental, com construção de baixo peso, demonstrou que a mobilidade elétrica pode estar também ao alcance dos mais jovens a partir de 16 anos de idade, graças a consumos mínimos de electricidade e a um formato inovador. A Opel continua a trabalhar em torno de estudos orientados para o futuro. Uma das provas é o “Monza Concept”, que será mostrado pela primeira vez ao público na 65ª edição do Salão de Frankfurt, a partir do dia 12 de Setembro (10 e 11 são dedicados à Comunicação Social) de 2013. Com este conceito, a Opel entra na próxima era de mobilidade que será simultaneamente individual e partilhável.

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