Opel revela novo motor 1.0 Turbo de três cilindros com 115 cv

Economia, suavidade e silêncio – estas são as características que resultam do trabalho dos engenheiros que criaram o novo motor de três cilindros que a Opel vai revelar no Salão Automóvel de Frankfurt, em Setembro. Além de se destacar com baixas emissões, o novo 1.0 Turbo a gasolina fixa novos padrões em refinamento entre motores de três cilindros, com características de ruído e vibrações que são mesmo melhores que muitos motores de quatro cilindros. Com 115 cv de potência, este propulsor de quatro válvulas por cilindro consegue debitar um elevado binário de 166 Nm, constante entre as 1800 e as 4700 rpm, não denunciado a baixa cilindrada. O 1.0 SIDI Turbo (Spark Ignition Direct Injection) produz binário mais elevado em toda a faixa utilizável do motor por comparação com unidades de maior cilindrada e potência equivalente. Simultaneamente, é 20 por cento mais eficiente, nomeadamente face ao 1.6 ‘atmosférico’ de igual potência que a Opel utiliza em alguns modelos no mercado europeu. A estreia do novo motor, acoplado a uma igualmente nova caixa de seis velocidades, vai fazer-se no Opel ADAM no próximo ano. O 1.0 Turbo é o primeiro de uma nova família modular de propulsores a gasolina de três e quatro cilindros da Opel na classe até 1,6 litros. As mais recentes gerações de tecnologias como a injeção direta de combustível, distribuição variável contínua e construção do bloco em alumínio são decisivas para a elevada eficiência desta unidade motriz. A Opel tem grandes expectativas relativamente a valores muito baixos de consumo de combustível e a emissões de CO2 significativamente abaixo de 100 g/km. «Ao criarmos este motor pequeno não fixámos apenas objetivos ambiciosos de consumos e emissões. Também trabalhámos para demonstrar que um motor de três cilindros pode ser tão refinado como um de quatro cilindros ou mais», afirma Matthias Alt, Engenheiro-Chefe da Opel para motores a gasolina de baixa cilindrada. «Conseguimos enfrentar logo de início questões típicas de motores convencionais de três cilindros, como o equilíbrio, do ruído e das vibrações. Estamos confiantes de que toda a gente vai ficar agradavelmente surpreendida com os resultados. Este é um motor muito dinâmico e refinado, que não compromete o prazer de condução.» Os engenheiros da Opel conceberam este motor a partir de uma folha em branco, o que permitiu adoptar logo à partida uma série de medidas para eliminar o funcionamento ‘descompassado’ que tem sido, até hoje, característica que acompanha o potencial de baixo consumo dos motores de três cilindros. O bloco de cilindros de baixo peso, construído em alumínio fundido sob alta pressão, foi desenhado para gerar e transmitir menos ruído estrutural. A rampa de alimentação de gasolina e os inventores estão também isolados da cabeça do motor no sentido de reduzir a transmissão de pulsações. Da mesma forma, a bomba de combustível e o circuito de alimentação possuem tratamento acústico. Outro contributo significativo para o funcionamento refinado do novo 1.0 Turbo resulta do veio de equilíbrio que os engenheiros instalaram no cárter de óleo do motor. Comandado por corrente (com dentes invertidos para produzir menos ruído), o veio gira no sentido contrário ao da cambota, e à mesma velocidade desta. A configuração em matéria de massa foi optimizada para conseguir compensar as vibrações inerentes ao funcionamento de um motor de três cilindros. Outras medidas tomadas para atenuar o ruído incluem ainda tampas especiais para o topo e a frente do motor, bem como para o conjunto das válvulas e o coletor de admissão. A cambota recebeu apoios especiais com maior capacidade de isolamento. O comando por corrente dos veios de excêntricos possui dentes invertidos. Finalmente, o turbocompressor é de baixo ruído e o cárter está colocado num plano mais baixo e é feito de aço. Resultado de tudo isto, o novo 1.0 SIDI Turbo da Opel consegue ser mais refinado do que outros motores de três cilindros e até mais silencioso que muitos motores de quatro cilindros. A título de exemplo, refiram-se os testes que a marca realizou em banco de ensaios, que provaram que, em plena aceleração, o novo motor emite menores níveis de ruído em todas as faixas de regimes por comparação com outros motores sobrealimentados, até 1,6 litros, com potência semelhante. Com características tão boas resultantes da construção do motor, os engenheiros encontraram muito menor complexidade na conceção da estrutura de apoios do motor e de isolamento acústico do habitáculo. O novo 1.0 SIDI Turbo destaca-se desde logo por conseguir debitar binário mais elevado que o actual 1.6 ‘atmosférico’ da Opel, apresentando o mesmo valor de 115 cv de potência. A engenharia de precisão está patente, por exemplo, na integração do coletor de escape no interior da cabeça do motor em alumínio, ao qual surge directamente aparafusado o turbocompressor de baixa inércia arrefecido a água. Esta configuração compacta dá um contributo decisivo para garantir uma pronta resposta do motor ao acelerador. O binário máximo de 166 Nm, obtido logo às 1800 rpm, representa quase mais 30 por cento do que o valor que o motor 1.6 consegue entregar, às mesmas rotações. Cada injector de combustível, com seis orifícios, está localizado no topo da câmara de combustão, maximizando a pulverização de gasolina para se alcançar uma combustão optimizada. Na distribuição, tanto do lado da admissão como do escape, os variadores de fase garantem que o motor recebe tanto ar quanto precisa. O novo 1.0 SIDI Turbo possui ainda uma bomba de óleo de débito variável e uma bomba de água que se desliga quando o motor está frio. Tudo isto contribui significativamente para um baixo consumo de combustível. O novo 1.0 SIDI Turbo vai ter acoplada uma caixa de seis velocidades totalmente nova, desenhada para aplicações de binário intermédio. Com um peso em seco de apenas 37 kg, esta transmissão é cerca de 30 por cento mais leve que a actual caixa da Opel para aplicações semelhantes. A nova caixa de velocidade sobressai igualmente pelas dimensões extremamente compactas, medindo apenas 375 mm no sentido axial. Com manuseamento de qualidade superior, que se traduz nem menor curso da alavanca e em menor esforço de engrenamento, a nova caixa integra várias evoluções que caracterizam a nova geração de transmissões da Opel. Os dentes dos carretos têm um desenho especial de corte assimétrico e os sincronizadores são de triplo cone para a 1ª e 2ª velocidades, e de duplo cone para as 3ª e 4ª. A marcha-atrás é também sincronizada. A nova caixa de velocidades será utilizada num leque alargado de modelos utilitários e sub-compactos da Opel, equipados com motores com binário até 220 Nm. Para ajustar de forma ideal a transmissão a cada um dos motores e dos modelos, os engenheiros criaram um total de 12 conjuntos de carretos com diferentes relações e sete relações finais diferentes.

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