O inovador desportivo GT Concept que a Opel vai revelar no Salão de Genebra em Março dá corpo a uma nova evolução na estratégia de ‘design’ da marca alemã, centrando o automóvel no plano emocional. Com motor colocado em posição dianteira-central e tração às rodas traseiras, o protótipo é um herdeiro directo do Opel GT e do recém-apresentado Monza Concept. O GT Concept é um desportivo avançado no tempo, renunciando a tudo o que possa perturbar a forma pura. Não deixa de ser sintomático o facto de não ter puxadores de portas, nem espelhos retrovisores exteriores nem escovas limpa-para-brisas. «Demos mais um passo na direção da emoção e do prazer de condução. O GT Concept mostra como é a Opel hoje. Somos uma marca confiante e inovadora que, a cada novo modelo, quer alargar a sua base», afirma o CEO do Opel Group, Karl-Thomas Neumann. O Opel GT Concept herda genes do famoso Opel Experimental GT. Em 1965, apenas um ano volvido sobre a inauguração do seu novíssimo Centro de Design - o primeiro de um fabricante na Europa - a Opel apresentou no Salão de Frankfurt o protótipo de um ‘coupé’, realizado sobre a fiável base mecânica do Kadett B. As formas esguias não eram o único aspeto inovador deste automóvel, já que se tratava, simultaneamente, do primeiríssimo ‘concept car’ apresentado por uma marca europeia de automóveis. À época, o Experimental GT brilhava graças a inovações como os faróis escamoteáveis ou as formas e proporções que dispensavam qualquer tipo de decoração adicional. A equipa de ‘design’ de então, liderada por Erhard Schnell, havia focado a sua atenção num objetivo: criar uma «afirmação de ‘design’». As reações do público excederam as melhores expectativas pelo que o modelo de produção chegaria ao mercado logo três anos depois. O resto é História: mais um modelo de sucesso para a Opel e mais um ícone para a indústria automóvel. O GT Concept demonstra o espírito pioneiro que a Opel recuperou na actualidade. Uma «máquina de condução» dinâmica é algo que está espelhado na linha de assinatura a vermelho que divide a carroçaria na horizontal e lhe sublinha as proporções. Os pneus dianteiros de cor vermelha vão buscar inspiração à avançada motocicleta Motoclub 500, de produção Opel em 1928, que ostentava orgulhosamente dois pneus vermelhos. À exceção disso, o GT Concept não tem muitas mais ligações com o passado. O longo capô dianteiro, a ausência de tampa de mala, a dupla saída de escape ao centro e, obviamente, a designação, fazem a ponte com o GT da década de 60. Mas o Opel GT Concept assume uma identidade moderna, sem sinais de ‘design’ retro. «Desenhámos o GT Concept à luz de um novo espírito emocional da marca Opel», explica Mark Adams, vice-presidente da Opel para o Design. «É um automóvel bem esculpido, com múltiplas inovações, na linha de uma longa tradição que queremos continuar. Em 1965, o Experimental GT era um modelo moderno destacado por formas puras no sentido escultural. É muito difícil reinventar um ícone mas, tal como o Experimental GT era uma automóvel ‘avant-garde’ naquele tempo, assim é o GT Concept nos nossos dias - totalmente puro, minimalista, marcante e sem compromissos. Este ‘coupé’ é a melhor demonstração do contínuo desenvolvimento que imprimimos à nossa filosofia de ‘design’ “Arte escultural aliada à precisão alemã”», conclui Mark Adams. Entre as inovações mais evidentes do Opel GT Concept estão as grandes portas com vidros integrados, eliminando a transição habitual entre a carroçaria e as janelas. As portas têm comandos elétricos, accionados por sensores de pressão colocados, de um lado e de outro, no friso vermelho. O habitáculo é especialmente espaçoso. A articulação das portas recorre a um novo sistema que permite maiores ângulos de abertura, especialmente em lugares de estacionamento relativamente estreitos. A função dos espelhos retrovisores convencionais, que não existem no Opel GT Concept, é assumida por duas câmaras, uma em cada porta, que captam imagens para trás e projetam-nas em dois ecrãs situados do lado esquerdo e do lado direito do tabliê. O para-brisas prolonga-se para o tejadilho, numa única superfície de vidro, oferecendo aos ocupantes a sensação de viajarem num ‘Targa’ com tejadilho amovível. O longo capô dianteiro deixa perceber o conceito mecânico do GT Concept. Tal como o primeiro Opel GT, o motor está colocado em posição dianteira-central. Com esta configuração, o centro de gravidade do automóvel é mais baixo e desloca-se para o centro - premissas essenciais para alcançar um comportamento dinâmico de referência. O Opel GT Concept está equipado com um motor tricilíndrico 1.0 Turbo, a gasolina, baseado no moderno bloco que equipa os atuais modelos ADAM, Corsa e Astra. Trata-se de uma unidade ultra eficiente capaz de debitar 145 cv de potência e 205 Nm de binário máximo. A transmissão está a cargo de uma caixa de seis velocidades sequencial com comandos de patilhas no volante. O GT Concept possui tração traseira, o que é particularmente apreciado pelos puristas da condução, e apresenta um peso total inferior a 1000 kg. As ‘performances’ deste protótipo de dois lugares apontam para aceleração de zero a 100 km/h em menos de oito segundos e velocidade máxima de 215 km/h. Outro destaque do GT Concept da Opel está nos faróis dianteiros, que reforçam o efeito tridimensional. Estes faróis recebem uma próxima geração do elogiado sistema de matriz de LED IntelliLux que estreou há semanas na nova geração do modelo Astra. Recorde-se que esta inovadora tecnologia permite circular sempre em ‘máximos’ sem encandear os outros utentes da via.
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