Citroen Racing regressa à ação no Rali de Portugal com Meek, Lefebvre e Al Qassimi

Três meses depois do Rali da Suécia, o Abu Dhabi Total World Rally Team volta de novo à ação no Campeonato do Mundo de Ralis 2016. No Rali de Portugal, as duplas Kris Meeke/Paul Nagle, Stéphane Lefebvre/Gabin Moreau e Khalid Al Qassimi/Chris Patterson vão, mais uma vez, desfrutar dos magníficos troços de terra da região do Porto. Integrando o Mundial de Ralis logo desde 1973 - o ano inaugural deste campeonato - o Rali de Portugal rapidamente se estabeleceu como uma das competições mais respeitadas do calendário, tornando-se numa prova lendária graças à beleza das classificativas e ao incrível entusiasmo do público. Desde o regresso do rali à zona do Porto, no ano passado, o troço de Fafe tornou-se num dos momentos mais emocionantes de todo o WRC. Para o Abu Dhabi Total World Rally Team, este rali será a primeira prova em terra da temporada. Enfrentando pilotos e equipas que já se adaptaram à terra no México e Argentina, as formações do Abu Dhabi Total WRT terão uma tarefa bastante dura pela frente, muito embora contem com uma ordem de partida para as duas primeiras etapas bastante confortável. Embora tenha estado afastado das competições, não se pode dizer que Kris Meeke seja um piloto inativo. O piloto da Citroen Racing participou no reconhecimento das provas disputadas fora da Europa, mas, acima de tudo, esteve bastante envolvido no arranque dos trabalhos de desenvolvimento do novo carro para o WRC, que irá conduzir em 2017. Após sete dias de testes aos comandos de um carro significativamente mais potente e eficaz, Meeke terá de começar por reencontrar o seu ritmo em Portugal. Tendo terminado a prova portuguesa de 2015 no 4º lugar, o britânico será, sem dúvida, um dos mais fortes candidatos a um lugar no pódio, à semelhança do que sucedeu em Monte-Carlo e na Suécia. Quanto a Stephane Lefebvre, a pausa no WRC foi anda mais prolongada, pois apenas alinhou no Rali de Monte-Carlo. Nesse intervalo, o jovem piloto francês satisfez a sua paixão pela condução aos comandos de um Citroen Visa 1000 Piste e de um kart KZ de 125cc com caixa de velocidades, e principalmente num Citroen C4 WRC. Alinhando no Rallye des Causses, a jornada inaugural do Campeonato Francês de Ralis em Terra, Lefébvre e o seu co-piloto Gabin Moreau alcançaram a vitória com todo o mérito e em grande estilo, vencendo todas as especiais da prova! Já no Rali de Portugal de 2015, o francês foi o 5º classificado na Classe WRC2, sendo que este ano irá, certamente, recorrer ao conhecimento que já tem da prova portuguesa para tentar alcançar um resultado digno do seu estatuto. Entretanto, após o Rali da Suécia, Khalid Al Qassimi obteve o 7º lugar no Abu Dhabi Desert Challenge, a segunda prova da Taça do Mundo FIA de Rallye Raid. Com este excelente resultado ainda fresco, o Xeque Khalid terá também de reencontrar o seu ritmo nos rápidos troços do Rali de Portugal. Tendo participado na edição de 2015, ele fará, certamente, uso de todo o conhecimento que possui da prova lusa e, assim, marcar a diferença na senda de uma boa classificação. Kris Meeke referiu acerca da prova portuguesa: «Estou contente por regressar ao ambiente das competições, já estava a começar a sentir saudades! Gosto bastante do Rali de Portugal e, no ano passado, tivemos todos de dar o máximo para nos adaptarmos ao novo traçado, composto por percursos que garantem um elevado prazer de condução. Estive sempre ao ataque para chegar à liderança durante uma boa parte da prova, mas terminámos o rali na 4ª posição da geral. Também me recordo bem do entusiasmo do público, provando que no norte de Portugal o desporto automóvel e os ralis em especial fazem parte das paixões das gentes locais. Percebe-se claramente que esta zona de Portugal faz parte do folclore do WRC. A organização fez um trabalho incrível ao nível da segurança, mantendo a multidão nos locais ideais e sem retirar um pingo de emoção à prova e aos espectadores. Este ano, o meu primeiro desafio será recuperar a iteração com o carro e, nesse sentido, a sessão de treinos de domingo foi muito importante. Quanto ao rali propriamente dito, é óbvio que espero estar na luta pelos lugares da frente, mas temos de ser realistas: o nosso carro ainda é bastante competitivo, mas não há lugar para mais melhoramentos e upgrades, ao passo que os nossos concorrentes ainda estão a desenvolver formas de melhorar os seus carros. O meu objetivo é não cometer erros durante o rali e, assim, ver em que posição estaremos na fase final da prova. Por outro lado, sei que a minha posição de saída para a estrada vai ajudar bastante. Os regulamentos assim o determinam, mas ninguém deve ficar excessivamente preocupado com isso porque, este ano, não estou, de facto, envolvido na luta pelo título

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