GP do México: Verstappen vence, Hamilton sagra-se tetra

O piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes) conquistou este domingo, pela quarta vez, o Mundial de Fórmula 1, apesar de ter sido apenas nono no Grande Prémio do México, 18.ª de 20 provas do campeonato de 2017. A duas corridas do final do campeonato e com 50 pontos em disputa, Hamilton tem 333 pontos, contra os 277 do alemão Sebastian Vettel (Ferrari), que foi quarto no México, onde o holandês Max Verstappen (Red Bull) conquistou o seu segundo grande prémio da temporada. Hamilton, que já tinha arrebatado o Mundial em 2008, 2014 e 2015, igualou os quatro cetros do francês Alain Prost e do alemão Sebastian Vettel, ficando apenas atrás do alemão Michael Schumacher (sete) e do argentino Juan Manuel Fangio (cinco). A antepenúltima corrida do campeonato ficou marcada pelo suspense, com Hamilton a embater no vice-líder do mundial de pilotos, o alemão Sebastian Vettel (Ferrari), logo nas primeiras curvas, a furar e a ser relegado para o último posto. Trocados os pneus, o britânico fez uma corrida de trás para a frente, sempre preocupado com a posição de Vettel, conseguindo recuperar até ao nono posto, que lhe valeu o 'tetra', num GP do México dominado do início ao fim por Verstappen. "Isto não parece real. Obrigado à minha equipa, que tem sido incrível nestes cinco anos. Estou orgulhoso por fazer parte dela. Fiz tudo o que podia. Arranquei bem, e não sei bem o que aconteceu naquela curva três, dei-lhe [a Vettel] muito espaço. Ainda não parece real. Não é a corrida ideal, mas nunca desisti”, começou por declarar no final o piloto da Mercedes, o primeiro britânico a ser tetracampeão de Fórmula 1. Pouco depois, à Sky Sports, Hamilton admitiu que não foi propriamente a corrida dos seus sonhos para ganhar um título: “Foi uma forma horrível de ser campeão, mas o que é que eu posso fazer? Estar 40 segundos atrás é como estar na terra de ninguém e só pensava em apanhá-los.", disse o eufórico britânico, envolto na Union Jack. Hamilton, que chegou ao México com 66 pontos de vantagem sobre o seu 'vice', só precisava de terminar no quinto lugar, em caso de vitória do alemão. Se a missão, a priori, parecia acessível ao piloto da Mercedes, que só por uma vez esta temporada (no Mónaco) não tinha ficado no 'top 5', na prática complicou-se bastante, quando o alemão, que partiu da 'pole-position', chocou sucessivamente com Max Verstappen e consigo, nas duas primeiras curvas. O embate 'obrigou' Vettel a mudar a asa dianteira do seu Ferrari, com o agora campeão a ficar perto do abandono. A equação tornou-se simples, mas obrigou a um contra-relógio virtual entre os dois pilotos: o alemão tinha de ser primeiro ou segundo para adiar o inevitável. A dez voltas do final, o piloto da escuderia italiana estava em quarto, a 50 segundos do segundo, o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), enquanto Hamilton seguia em décimo. Informado pelo rádio, o único homem que ainda podia roubar o título ao britânico 'entregou' o triunfo: "Mamma Mia, isso é muito!". Seria mesmo: as posições não se inverteram, com Max Verstappen, líder desde a primeira volta, a vencer o seu segundo grande prémio da temporada, em 01:36:26.550 horas, Bottas a ser segundo, a 19.678 segundos, e o finlandês Kimi Raikkonen (Ferrari) a ser terceiro, a 54.007 segundos, à frente de Vettel. Hamilton festejou o seu nono lugar como se fosse um primeiro, já que este lhe bastou para entrar na galeria dos maiores de sempre e igualar os quatro cetros do francês Alain Prost e de Vettel, ficando apenas atrás do alemão Michael Schumacher (sete) e do argentino Juan Manuel Fangio (cinco).

Comentários