Rali de Mortágua apresenta geografia de troços inédita a nível mundial

O Rali de Mortágua, a terceira prova da temporada do Campeonato de Portugal de Ralis e que antecede o Vodafone Rally de Portugal, dispõe de uma configuração geográfica das provas especiais de classificação (PEC) inédita a nível mundial. Este esquema delineado pelo Clube Automóvel do Centro, cuja equipa organizadora é liderada por Luís Santos, vai permitir aos espectadores, nos dias 3 (sexta) e 4 (sábado) deste mês de Maio, ver a passagem dos carros várias vezes no mesmo local. “Quando foi delineada a estrutura desta 15ª edição do Rali de Mortágua priorizámos três parâmetros muito importantes: segurança; facilidade de acesso e conforto do público/retorno dos patrocinadores; e estrutura de troços compacta e com um bom ritmo para os pilotos. Creio que conseguimos uma boa articulação de todos os factores em equação e será inédito a nível mundial ter duas classificativas [Mortágua-Moitinhal e Mortágua-Chão de Calvos] a começar no mesmo local. A partida dessas PEC’s é feita numa rotunda, no centro da vila de Mortágua, percorrendo-se o primeiro quilómetro em asfalto, para depois entroncar em dois traçados distintos, já em piso de terra. E lembro que essas classificativas são percorridas três vezes”, explica Luís Santos, director da prova. O mesmo responsável sublinha, por outro lado, a particularidade de os pilotos terem a sua tarefa nos treinos facilitada pelo facto de apenas uma parte do troço de Mortágua-Moitinhal ser nova, já que o traçado de todos os restantes foi utilizado na edição anterior. “Foram criadas duas zonas de espectadores, com amplos parques de estacionamento, e lembro que o parque de assistências no aeródromo, junto ao qual também passam classificativas, dista apenas 2 quilómetros de Mortágua. Portanto, estou na expectativa de ver qual será a reacção do público e dos meios de comunicação, mas creio que toda a gente vai gostar desta estrutura da prova, a avaliar por algumas considerações de que já tomei conhecimento”, diz aquele que é também o presidente do Clube Automóvel do Centro. Ao contrário das duas últimas edições, este ano não haverá pilotos estrangeiros do Mundial e, a propósito, Luís Santos recorda que a “culpa” é das alterações introduzidas no calendário daquele campeonato. “Infelizmente, a entrada do Rali do Chile no WRC estragou os nossos planos, ao posicionar-se entre a Argentina e o Rali de Portugal. Cheguei a estabelecer contactos com a Hyundai e ainda fiquei na expectativa de o Sebastien Loeb não fazer as provas sul-americanas, ficando disponível para disputar o Rali de Mortágua. De qualquer modo, com um plantel de pilotos portugueses de elevadíssima qualidade e com alguns dos melhores carros R5 da actualidade, seguramente que eles vão fazer deste Rali de Mortágua um espectáculo de grande nível competitivo. Por último, gostaria de salientar que uma prova desta envergadura não seria possível, entre outros, sem os apoios indispensáveis das autarquias de Águeda e de Mortágua”, finalizou o director do rali.

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