Armindo Araújo vence Rali de Castelo Branco

Armindo Araújo e Luís Ramalho são os grandes vencedores do Rali de Castelo Branco 2019. A dupla campeã nacional em título venceu a jornada pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis e aproximou-se dos líderes do campeonato, Ricardo Teodósio e José Teixeira, que depois do triunfo em 2018 tiveram de se contentar com a segunda posição. Miguel Barbosa e Jorge Carvalho terminaram a sua participação nesta ronda no último lugar do pódio. As equipas do Hyundai i20 R5 e do Skoda Fabia R5 protagonizaram um embate frenético ao longo de dois dias de competição. Araújo e Teodósio andaram sempre muito perto e foi preciso entrar para a última secção do Rali de Castelo Branco para se começar a perceber que o piloto de Santo Tirso estava a ganhar vantagem. Quando faltavam três troços para a conclusão da prova, os dois primeiros estavam separados por apenas 2,7 segundos. A segunda passagem por Paiágua - Pé da Serra 2 foi determinante, pois Armindo Araújo bateu Ricardo Teodósio por 5,4 segundos e aumentou a distância para 8,1 segundos. Este triunfo é especial para o campeão nacional de ralis pois foi nesta região que obteve a primeira vitória da sua carreira. “Nós entrámos ainda mais fortes durante a tarde. Penso que trabalhámos bem as afinações do Hyundai para andar rápido nas zonas sujas. Isso deu-nos confiança para atacar, o que nos deu uma vantagem e conseguimos trazer o carro com uma vitória. Era o nosso grande objectivo. Foi, sem dúvida, importante para as contas do campeonato”, disse o vencedor do Rali de Castelo Branco, Armindo Araújo. Segundo classificado, Ricardo Teodósio ficou satisfeito com o seu desempenho. “O resultado é positivo. Não podemos dizer que não. Gostávamos de ganhar. Fizemos para isso. Tentámos, a todo o custo, minimizar a diferença que tínhamos para o Armindo, mas na parte da tarde os troços estavam muito sujos. Temos de pensar também no campeonato. Não pudemos pensar só no rali em si”, explicou o líder do campeonato. Miguel Barbosa e Jorge Carvalho completaram o pódio depois de um duelo muito intenso com José Pedro Fontes. Depois de terem andado separados por uma diferença nunca superior a 7,4s no primeiro dia, com vantagem para o piloto do Citroën C3 R5, o domingo ficou marcado pela velocidade imposta por Barbosa. Ao volante do Skoda Fabia R5, o piloto navegado por Jorge Carvalho recuperou o tempo perdido e conseguiu subir na classificação. Ainda durante a secção matinal, ocupou o terceiro posto da geral e não mais o largou. Durante a tarde, a incerteza manteve-se até à derradeira classificativa mas Barbosa e Fontes acabaram mesmo em terceiro e quarto, respectivamente, separados por 1,1 segundos. “Foi difícil, como é óbvio. O José Pedro é um especialista no asfalto e sabíamos que ia ser complicado. Ontem terminámos em quarto. A segunda super-especial não nos correu bem. Mas queríamos chegar ao pódio e fazer uma prova. Cedo percebemos que iria ser difícil acompanhar o ritmo do Armindo e do Ricardo, a quem dou os parabéns. Fizeram um grande rali. Estiveram um furo acima e restou-nos lutar pelo último lugar do pódio”, explicou Miguel Barbosa. Bruno Magalhães, que se estreou com o Hyundai i20 R5 em piso de asfalto, fechou o lote dos cinco primeiros. O piloto sentiu dificuldades para seguir os quatro da frente e teve de se contentar com esta posição.

Comentários