Nacional de Ralis: prego a fundo e calculadora ligada na decisão do título

Com os quatro candidatos ao título Absoluto (Miguel Correia, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio e Armindo Araújo) separados por 14 pontos – ou apenas 6, selecionando já apenas os melhores resultados e a faltar uma pontuação para fechar as contas –, o Rali Vidreiro Centro de Portugal, este próximo fim de semana (13 e 14 de outubro), reúne todas as condições para encerrar em grande, a nível competitivo e de emoções fortes, o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Por muitos exercícios de matemática que possam ser feitos, há um elevadíssimo número de diferentes hipóteses para cada um dos quatro referidos pilotos poder sagrar-se campeão, dada a escassa diferença de pontos entre eles. O britânico Kris Meeke, afastado da discussão do título desde a sua desistência, por despiste, na Madeira, poderá vir a ser o joker, até porque 'rouba' pontos aos adversários e o seu registo até agora totaliza três vitórias. Ou seja, para além de ter sido líder em todos os ralis – de forma menos consistente, por mérito de Armindo Araújo, apenas no Rali da Água Transibérico Eurocidades Chaves-Verin –, venceu aqueles que concluiu. Na hipótese de vencer na Marinha Grande, Meeke torna nula a diferença de cinco pontos (25-20) entre primeiro e segundo classificados, já que entre o segundo e o terceiro é de três, tal como entre o terceiro e o quarto. Inclusive, neste complexo xadrez matemático da luta pelo título, poderá acontecer um empate pontual ainda antes da Power Stage e, neste caso, a classificativa de São Pedro de Moel 2 (14,59 km) será determinante, com os seus pontos (3-2-1) a atribuir aos três pilotos mais rápidos. Caso a igualdade pontual ainda persista, então o desempate será feito pelo maior número de vitórias (Fontes, Teodósio e Araújo têm uma e Miguel Correia ainda está a zero), maior número de segundos lugares, maior número de terceiros lugares… até à melhor pontuação na primeira prova da época. No CPR 2RM (duas rodas motrizes), Hugo Lopes (108 pontos), Gonçalo Henriques (94,5), Ernesto Cunha (91,5) e Ricardo Sousa (91) são os quatro pretendentes ao título, sendo que Cunha é o atual campeão. Já consagrado esta época campeão Júnior, Hugo Lopes parte para a última prova com uma vantagem significativa e não está obrigado a vencer para confirmar a conquista de mais um campeonato. De qualquer modo, os adversários prometem não facilitar e seguramente que vai haver luta até à derradeira classificativa do Rali Vidreiro Centro de Portugal.

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