Adamastor apresenta o FURIA, o primeiro Superdespor5vo Português

A história da indústria automóvel portuguesa está cheia de bons exemplos do significado do empreendedorismo luso, da vontade de “dar novos Mundos ao Mundo”, da enorme capacidade de deitar mãos à obra e transformar ideias em realidade. Em todos eles encontramos algo que os une: um ou dois “génios” que, por vezes não da forma mais óbvia, ou tendo que ultrapassar obstáculos mais inusitados, acabam por levar a bom porto algo com que sonharam. A Adamastor tem muito de tudo isto. Muito de idealismo, muita paixão, mais, paralelamente, muito de saber fazer... O resultado é apresentado hoje: o FURIA! Um supercarro é, na sua essência, um automóvel despor6vo exclusivo de elevado desempenho, sendo composto por componentes específicos de superior qualidade, oferecendo mais potência e tecnologia de ponta a entusiastas e colecionadores de todo o mundo. É precisamente neste segmento, também ele “super” ao nível da exclusividade, que a Adamastor se quer posicionar. O constante crescimento e desenvolvimento da sociedade e economia tem sido favorável à expansão do número de consumidores mais abastados, muitos deles clientes regulares da restrita categoria dos supercarros. É por isso expectável que a procura por supercarros con6nue a aumentar, favorecendo igualmente o crescimento do setor. Um estudo recente sobre o mercado global de supercarros revela que este a6ngiu um valor de cerca de 16 mil milhões de euros em 2022. Espera-se que, até 2028, este valor a6nja os 20 mil milhões. Com base nesta previsão de crescimento, é igualmente previsível que a concorrência se torne, também ela, cada vez mais intensa, com todos os desafios técnicos e de capital a conduzirem a uma grande concentração de mercado, nunca esquecendo o longo processo de conceção e desenvolvimento de um supercarro até à sua produção. No entanto, o rigor de construção, a experiência de condução e o design e a tecnologia de alto nível são igualmente responsáveis por colocar o segmento de mercado da Adamastor na vanguarda da evolução da perícia, I&D e conhecimento técnico nesta categoria de topo da emocionante indústria automóvel. É precisamente aí que a Adamastor se quer colocar, com a apresentação do Furia, na frente do pelotão. No Porto, já bem dentro do Século XXI e a atravessar mais uma das tantas crises que temos vivido, o obje6vo era dar forma a um projeto que envolvesse empresas e universidades em torno de uma paixão: os Automóveis. Foi assim que tudo começou, corria o ano de 2010! Ricardo Quintas e Nuno Faria, sócios e fundadores da Adamastor, decidiram concre6zar o desejo de aproximar estas duas realidades que, por mo6vos diversos, nem sempre têm uma relação tão próxima quanto deveriam ter, o mundo académico e o meio empresarial. O automóvel foi, assim, assumido como o caminho para esse obje6vo, o apaixonante elo em comum que permi6ria unir dois âmbitos tão próximos e, ao mesmo tempo, muitas das vezes, igualmente distantes. Para tal foi posto em prá6ca o desenvolvimento de um projeto de um veículo de competição e, em colaboração com universidades nacionais de engenharia, gestão e markting, mo6var a construção do mesmo, potenciando as capacidades dos alunos envolvidos, num processo devidamente sustentado por um empresário que serviria como mentor do projeto. Numa primeira fase, a Adamastor, representada pelos seus dois “pais” deslocou-se a Birmingham, a uma feira de automóveis, de forma a fazer um reconhecimento de potenciais modelos que pudessem ser interessantes de incluir no projeto, tais como uma réplica do Lotus Seven. Todavia, ainda que, já em Portugal, o projeto não tenha 6do a adesão esperada, a Adamastor viu nesse obstáculo no caminho uma verdadeira oportunidade: a de construir, pelas suas próprias mãos, automóveis. Mas para isso, havia que ganhar experiência, colocar as mãos ao trabalho e atrair engenheiros para a família Adamastor. Assim, após algumas experiências iniciais com automóveis de produção comprados especificamente com o propósito de desenvolver as suas capacidades, entra na equipa Frederico Ribeiro com o intuito de se começar a trabalhar num automóvel completamente novo que pudesse, por exemplo, vir a servir de base a uma compe6ção des6nada a alunos das universidades. A Adamastor quis, desta forma, lançar novamente a primeira pedra de uma colaboração entre as empresas e o meio académico e, assim, concre6zar a sua visão inicial de aproximação entre ambos. Estavam, também assim, definidos os pilares sobre os quais assentaria a Adamastor do futuro, tendo os trabalhos da pequena equipa recentemente formada começado na casa de um dos fundadores, com a construção das primeiras maquetes em esferovite. Mais tarde, ocuparam então o seu primeiro atelier de trabalho, numas pequenas instalações alugadas no Porto. É nesta altura que nasce o primeiro chassis da Adamastor, o P001 - desenhado por Ricardo Ribeiro - estrutura que veio mais tarde a ser redesenhada, já com o contributo de Frederico Ribeiro, de forma a proporcionar um habitáculo mais espaçoso ao condutor e passageiro. O chassis P001 evolui para o P002, estrutura que utilizava uma mecânica Volkswagen/Skoda comprada para esta fase inicial de desenvolvimento, e que permitiu à equipa, uma vez mais, validar as suas capacidades e desenvolver ainda mais os conhecimentos necessários para tornar o seu chassis cada vez melhor e mais evoluído. Deste trabalho efetuado e dos inerentes e muito valorizados erros de aprendizagem, nasce o terceiro chassis, o P003. O nascimento deste novo chassis é, como se compreende, um dos momentos de viragem da história da Adamastor, em que a empresa sen6u inclusivamente a necessidade de ampliar o inves6mento em tecnologia que permi6sse a6ngir o nível de execução e precisão desejado, evitando, cada vez mais, a dependência de fornecedores exteriores que pudesse atrasar o cumprimento dos prazos estabelecidos internamente. O chassis P003 foi, assim, integralmente concebido pela Adamastor, com base em todo o know-how adquirido até ao momento, com as tolerâncias e precisão milimétrica exigidas pelo projeto. A terceira estrutura concebida pela Adamastor foi a única que veio a receber uma carroçaria, com um design que resulta de um conjunto de ideias da equipa e que visam reproduzir as linhas de vários modelos por si apreciados. Foi escolhida uma mecânica Toyota para propulsionar o P003 e foi entregue a Alfredo Matos a responsabilidade de afinar o chassis Adamastor de forma a potenciar o seu desempenho dinâmico. 

No traçado do circuito de Braga, o P003 reduziu, desta forma, o tempo da sua melhor volta em cerca de 4 segundos, deixando a Adamastor numa posição confortável para se assumir como uma empresa com capacidade própria para a produção de um automóvel de elevada performance. A rede de parceiros desenvolvida ao longo de todo o processo de crescimento da Adamastor é, igualmente, outra das suas mais-valias, atraindo para si a excelência e competência técnica de profissionais com vasta experiência no mundo da competição, inclusivamente da disciplina rainha, a Fórmula 1 e de estruturas de inquestionável reputação como a M-Sport. Mais do que meros fornecedores de componentes e serviços, começava a reunir-se uma equipa que dá o contributo, a experiência e os conhecimentos que o projeto exige e que hoje acaba por cons6tuir a espinha dorsal da empresa e que lhe permite encarar com todas as ferramentas os desafios futuros inerentes à sua enorme ambição de crescimento. O objetivo a que a Adamastor se propôs foi alcançado, é verdade, mas todos o sabiam, essa ambição de crescer e a paixão par6lhadas por todos os envolvidos não permi6am que ficassem por ali. Uma decisão 6nha de ser tomada e a Adamastor viu-se num momento crucial do seu crescimento. À sua frente, dois caminhos a seguir, nenhum deles fácil, mas um, assumidamente mais desafiante, exprime na perfeição a sua visão, os seus valores e, acima de tudo, a sua paixão pelos automóveis. Em cima da mesa, uma primeira possibilidade, a de con6nuar a evoluir o P003 com o obje6vo de entrar no mercado dos kit cars, dos veículos recreativos apontados aos track days, um nicho dominado pelas marcas britânicas, que se alimentam num mercado em permanente ebulição e que, naturalmente por isso, conseguem aniquilar a concorrência; ou, mais em linha com a ambição transversal a todos os envolvidos, assumir um maior desafio e passar à fase seguinte, dando o salto para o desenvolvimento de um novo automóvel que pudesse inclusivamente compe6r sob a regulamentação da categoria de automóveis GT. A 19 de junho de 2019 dá-se, assim, uma viragem crucial na empresa. Reunidos os inves6dores e chamada a equipa técnica, na casa de Ricardo Quintas é tomada a decisão final de se avançar para a produção de um veículo de competição GT. Neste que foi o dia D para a Adamastor, o projeto ganhava, e após aturada discussão, um novo rumo, uma nova vida e o sonho da empresa e dos seus criadores começava a ganhar forma. Nesta fase, e com o contributo de Alfredo Matos e Frederico Ribeiro, são elaborados estudos de engenharia, de posicionamento de negócio, bem como outros que visavam analisar os mercados de compe6ção dos GT. A equipa cresce e, obrigatoriamente, as instalações também, com a Adamastor a mudar-se para a zona de Perafita onde atualmente dispõe de uma área de trabalho de cerca de 2225 metros quadrados, com potencial de expansão para 5000 metros quadrados, espaço que lhe permite cumprir o seu plano de crescimento, sustentado pelo fortalecimento dos meios humanos e departamento técnico. Depois da reformulação do projeto, iniciam-se os trabalhos de desenvolvimento do novo automóvel da “nova” Adamastor, um veículo construído em fibra de carbono, à volta do seu elevado e eficiente desempenho aerodinâmico. Por um lado, dada a sua importância no âmbito da compe6ção, por outro, evitando assim uma dependência tão grande da mecânica, simplificando a receita e a abordagem, mas mantendo, sempre, o foco na máxima performance e competitividade. A aerodinâmica ditou as leis e o ar ditou a forma e as linhas do design exterior do novo Adamastor. O projeto arrancou, assim, com base numa mecânica de origem Ford e evoluiu de uma forma tão posi6va, com resultados em software CFD tão animadores e mo6vadores, que a médio prazo a equipa viu-se obrigada a ponderar a reformulação do plano inicial e uma possível decisão de se elevar ainda mais a fasquia.

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