A administração da General Motors decidiu aceitar a oferta da Magna para a compra da Opel e da Vauxhall, confirmou esta tarde a construtora automóvel, em Detroit. Na corrida pela marca germânica, que controla a inglesa Vauxhall, estava também a multinacional RHJ, sediada na Bélgica, que merecia a preferência da administração da General Motors. Mas as pressões do governo alemão acabaram por falar mais alto. Berlim é fundamental neste negócio pelo montante de apoios financeiros que se propõe conceder à Opel. Entretanto a chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou também, esta tarde, em conferência de imprensa, a venda da filial europeia Opel ao consórcio austro-canadiano Magna, um dos maiores fabricantes de componentes automóveis. A chanceler alemã quando anunciou a decisão da GM mostrou-se muito satisfeita, considerando tratar-se de uma vitória política a cerca de 17 dias das eleições legislativas.
Berlim, que já concedeu à Opel um empréstimo transitório de 1,5 mil milhões de euros, para tentar salvar os 26 mil postos de trabalho da marca na Alemanha, prometeu ainda dar garantias bancárias de 4,5 mil milhões de euros ao fabricante automóvel, caso a GM se decidisse pela Magna. Na sua proposta, a Magna comprometeu-se a adquirir 55 por cento do capital da Opel, a manter as quatro fábricas existentes na Alemanha, com uma redução de cerca de 2.500 trabalhadores. Nas restantes unidades de produção da Opel na Polónia, Espanha, Bélgica e Reino Unido (marca Vauxhall), que empregam cerca de 26 mil pessoas, a redução de pessoal atingirá 11.600 trabalhadores. A Comissão de Trabalhadores da GM Europa também já se tinha declarado favorável à venda da Opel à Magna, rejeitando a proposta do RHJ, que implicaria a supressão de milhares de postos de trabalho.
O consórcio austro-canadiano, Magna, é um dos maiores fabricantes de componentes automóveis e tem cerca de 240 fábricas em todo o mundo, que empregam cerca de 70 mil pessoas. No ano passado, a Magna teve um volume de negócios de 23,7 mil milhões de dólares.
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