Ao fim de três provas onde os objectivos não foram alcançados, Armindo Araújo e Miguel Ramalho quebraram o enguiço e conseguiram, no Rali da Nova Zelândia, e após uma das melhores prestações da temporada, voltar a concluir uma prova do WRC num lugar pontuável e cumprir os objectivos traçados à partida. Num rali onde evidenciou um ritmo claramente superior às anteriores provas, disputadas em pisos mais duros, a dupla portuguesa terminou no oitavo lugar da classificação e somou mais quatro pontos para o campeonato. Com pouco mais de sessenta quilómetros para percorrer no derradeiro dia do Rali da Nova Zelândia, Armindo Araújo partiu, para as especiais de domingo, com a missão de segurar a vantagem que o separava do mais directo adversário e chegar ao pódio, instalado em Auckland, entre os dez primeiros da geral. No final, e após a conquista do segundo melhor resultado do ano, o piloto de Santo Tirso mostrava-se naturalmente satisfeito. “Fizemos um rali muito bom e conseguimos alcançar o resultado que cumpre com os objectivos que traçamos. Hoje tivemos de gerir muito bem os pneus que ainda tínhamos disponíveis e segurar a vantagem com que partimos sobre o Ken Block. Foi um dia tranquilo, sem cometer erros e estamos muito satisfeitos por termos voltado a terminar nos pontos”, começou por dizer. O Rali da Nova Zelândia marcou o regresso aos bons resultados e, por isso, toda a equipa sai daqui com uma acrescida dose de motivação para as restantes provas do calendário. “Ao fim de algumas provas onde não conseguimos chegar ao que pretendíamos, revertemos essa tendência e isso dá-nos obviamente uma maior confiança para futuro. Para além disso, neste rali fomos substancialmente mais rápidos que nos anteriores e rodamos mais próximos dos vencedores das especiais. Comparado com o ultimo Rali da Grécia, conseguimos, em média, ser mais velozes 1,3 segundos por quilómetro, mesmo com o ritmo mais moderado que fomos obrigados a impor no dia de ontem. Regressamos a casa logicamente muito satisfeitos pelo resultado final e pela prestação”, referiu ainda Armindo Araújo. O Rali da Finlândia, na estada entre 2 e 4 de Agosto é a próxima prova da temporada 2012 para a dupla do MINI John Cooper Works WRC.
Sebastien Loeb volta a vencer na Nova Zelândia
O piloto francês Sebastien Loeb (Citroen) venceu neste domingo pela terceira vez o Rali da Nova Zelândia, sétima prova do Mundial. Campeão mundial nas últimas oito edições do campeonato, Loeb, que já leva 72 vitórias na carreira, deu novo passo para um nono título, reforçando a liderança na classificação, agora com 145 pontos, mais 38 pontos que o finlandês Mikko Hirvonen. "Estou muito satisfeito por poder ir de férias com esta liderança confortável. A primeira metade do ano foi fantástica, com cinco citórias em sete provas", realçou o piloto francês. O parceiro de Loeb na Citroen, Hirvonen, conseguiu os "mínimos" estabelecidos pela equipa e garantiu a "dobradinha" da marca francesa. Apesar de mais rápido na qualificação, Jari-Matti Latvala não foi feliz na tática escolhida, já que optou por uma posição de partida muito atrás, o que se veio revelar errado, já que a chuva e as condições húmidas da maior parte dos troços veio dar razão aos homens da Citroen, que partiram à frente. Assim, Jari-Matti Latvala liderou na primeira especial, mas cedo se viu na obrigação de andar mais depressa para acompanhar o ritmo dos homens da frente, o que se veio a revelar fatal, já que redundou em mais uma saída de estrada e consequente queda na classificação, terminando o rali em sétimo, nunca conseguindo recuperar os 4m40s perdidos. Petter Solberg foi terceiro, a mais de minuto e meio do vencedor, numa prova em que perdeu, durante o primeiro dia de prova todas as hipóteses de vencer, já que realizou uma escolha errada de pneus, perdendo tempo que nunca mais viria a recuperar, chegando mesmo a rodar em sétimo. Evgeny Novikov foi quarto enquanto Ott Tanak abandonou ao capotar perto do fim, quando era um descansado quinto classificado. Boa prova de Thierry Neuville, que foi quinto, e só não fez melhor devido ao erro que cometeu no primeiro dia, onde se atrasou.
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